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Migrantes

Chegada de refugiados gera expansão no setor de construção da Alemanha

A produção industrial da Alemanha teve uma inesperada alta em janeiro, com um impulso do setor da construção classificada pelos especialistas como "espetacular". O crescimento é atribuído especialmente à chegada em massa de refugiados ao país.

Refugiados são alojados em centros de acolhimento em Berlim em 26 de fevereiro de 2016.
Refugiados são alojados em centros de acolhimento em Berlim em 26 de fevereiro de 2016. REUTERS/Fabrizio Bensch
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O setor da construção teve uma grande expansão, de 7%. De acordo com Stefan Kipar, do banco alemão BayernLB, a forte demanda por moradia por parte dos refugiados que chegaram ao país explica parte desse crescimento.

Em 2015, a Alemanha recebeu mais de um milhão de migrantes e cerca de 442 mil solicitações oficiais de asilo. Na União Europeia, o país é o que mais recebe refugiados.

Esse acolhimento revoltou uma parte da população alemã e gerou uma grave onda de crimes de racismo e xenofobia. O Ministério do Interior alemão anunciou que, em 2015, foram registrados 14 mil crimes atribuídos à extrema-direita no país, 30% a mais que no ano anterior. Um aumento particularmente grande foi registrado no número de atos violentos, que quase dobrou em relação a 2014.

Crescimento não acalma preocupações sobre economia alemã

A produção industrial alemã cresceu em janeiro 3,3% em relação a dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Federal de Estatísticas. Essa cifra é superior ao 0,4% previsto pelos analistas do país.

A melhora, entretanto, é insuficiente para acalmar as preocupações sobre a maior economia da Europa. A Alemanha, uma potência exportadora, resistiu durante muito tempo às turbulências mundiais, mas nos últimos meses se viu afetada pelas dificuldades dos mercados emergentes.

"É pouco provável que os dados [da produção industrial de janeiro] marquem o início de um movimento pronunciado e prolongado à alta", estimou Ralph Solveen, do Commerzbank. O principal risco, acrescentou, é que "as empresas se tornem reticentes [a investir] se a volatilidade dos mercados persistir".

(Com informações da AFP)

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