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Multidão aplaude e vibra enquanto residência para refugiados é incendiada na Alemanha

Uma multidão de moradores aplaudiu e vibrou enquanto um incêndio destruía uma residência planejada para receber refugiados na cidade de Bautzen, no leste da Alemanha, aumentando o medo de uma nova onda de violência contra os migrantes no país.

Bombeiros trabalham para apagar o incêndio na residência para refugiados em Bautzen, na Alemanha
Bombeiros trabalham para apagar o incêndio na residência para refugiados em Bautzen, na Alemanha EPA
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A polícia do município da região da Saxônia disse que as pessoas fizeram "comentários pejorativos" e mostraram "uma alegria desavergonhada" enquanto os bombeiros trabalhavam para apagar as chamas, segundo informações do jornal inglês "Daily Mail".

Alguns alemães, inclusive, tentaram atrapalhar o trabalho dos profissionais. Dois deles, na faixa dos 20 anos, foram detidos depois de ignorar a ordem para deixar os bombeiros em paz.

O incêndio começou na noite de sábado (20) para domingo (21), e a polícia suspeita que ele seja criminoso. Foram encontrados restos de combustível no local. O prédio, um antigo hotel, estava sendo transformado em residência para refugiados. Não se sabe ainda se ele poderá ser restaurado.

Saxônia: terra do Pegida

Foi na Saxônia que foi criado o grupo antimuçulmanos e anti-imigrantes Pegida, e vários outros incidentes já foram registrados na região. Em agosto passado, uma multidão em Heidenau, próximo a Dresden, jogou garrafas e rojões na polícia, que estava protegendo uma residência de refugiados.

Na última quinta-feira, um grupo na pequena cidade de Clausnitz, também na Saxônia, gritava "Voltem para casa!" enquanto bloqueava um ônibus levando refugiados, em frente à residência que deveria recebê-los. A polícia foi criticada por empurrar brutalmente os assustados migrantes para fora do ônibus.

O governador da Saxônia, Stanislaw Tillich, classificou os dois incidentes como "espantosos e chocantes" e descreveu os autores como "criminosos". "É abominável e repugnante", disse o político ao jornal Funke. Ele pediu que as autoridades investiguem e punam os culpados.

Houve mais de 1.000 ataques criminosos contra residências de refugiados na Alemanha no ano passado, quando 1,1 milhão de pessoas procurando asilo entraram no país. A Saxônia registrou o maior número de ataques xenófobos.

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