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Reino Unido/ referendo

Popular prefeito de Londres é a favor da saída do Reino Unido da UE

O carismático prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson, declarou neste domingo (21) que vai fazer campanha a favor do "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Um referendo sobre a questão está marcado para o dia 23 de junho, no que pode resultar na primeira retirada voluntária de um país do bloco europeu, com consequências imprevisíveis para a UE.

Boris Johnson anunciou a sua preferência sobre o "Brexit" em uma breve declaração à imprensa.
Boris Johnson anunciou a sua preferência sobre o "Brexit" em uma breve declaração à imprensa. REUTERS/Hannah McKay
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A posição de Johnson, anunciada em uma breve declaração à imprensa, marca uma derrota para o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que tentou convencer o prefeito do contrário. No sábado, Cameron começou campanha pelo “sim” no referendo, para que o país permaneça na UE. A iniciativa ocorreu um dia depois de o premiê ter conseguido uma série de concessões dos europeus para que os britânicos decidam continuar fazendo parte da União Europeia.

"Eu diria a Boris a mesma coisa que quero dizer a todos, que estaremos mais seguros e seremos mais fortes e prósperos dentro da União Europeia", declarou Cameron, em entrevista à BBC horas antes do anúncio oficial da posição do prefeito londrino. "Acredito que a perspectiva de se aliar a George Galloway e Nigel Farage e dar um salto no vazio é um passo equivocado para o país", acrescentou, referindo-se aos líderes dos chamados eurocéticos, os políticos que se opõem ao projeto comum europeu. Farage comanda o partido populista UKIP e Galloway é um veterano da esquerda britânica e ex-deputado.

Johnson, que, como Cameron, é membro do Partido Conservador, é conhecido por sua franqueza e aparece como um dos favoritos para suceder o primeiro-ministro em Downing Street. O atual premiê conclui seu segundo mandato em 2020 e disse que não concorrerá a um terceiro.

Agenda da campanha de Cameron pelo “sim”

Cameron tenta obter o máximo apoio possível para sua defesa de "sim", após conquistar um "estatuto especial" para o seu país durante uma cúpula europeia em Bruxelas, na quinta e sexta-feira. Segunda-feira ele defenderá sua posição no Parlamento britânico, que deverá formalizar a data de 23 de junho para a realização da consulta.

Na entrevista, o primeiro-ministro também confirmou que promoverá, em breve, uma nova lei "para deixar claro que o Parlamento britânico é soberano" sobre o que Bruxelas diz. A iniciativa poderia ser lançada já na segunda-feira.

Divisões no próprio governo

No sábado, Cameron expôs o acordo alçado com a UE para seu gabinete, onde seis dos 22 membros apoiam a saída da União, incluindo o ministro da Justiça, Michael Gove. A chefe de governo da Escócia, Nicola Sturgeon, confirmou neste domingo que irá apoiar a permanência do país na UE e disse à BBC que, em caso de vitória do "não", irá "quase certamente" organizar um novo referendo sobre a independência da região.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Mail on Sunday, a primeira desde o acordo de sexta-feira, 48% dos britânicos não querem sair da UE, 33% querem uma saída e 19% estão indecisos.

 

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