Zona do euro cresceu 1,5% em 2015
A expansão do PIB da zona do euro foi de 1,5% em 2015, de acordo com o que os analistas previam, com um quarto trimestre no qual o crescimento não registrou mudanças em relação ao período anterior, segundo a primeira estimativa da agência europeia de estatísticas Eurostat.
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O crescimento no último trimestre foi de 0,3%, encerrando, assim, um ano no qual a expansão do PIB foi se desacelerando na primeira parte do ano para se estabilizar na segunda.
A Comissão Europeia, em suas previsões econômicas de inverno publicadas na semana passada, estimava um crescimento em 2015 de 1,6%. A primeira economia do bloco, a Alemanha registrou 0,3% de expansão no quarto trimestre, assim como já havia ocorrido no terceiro, enquanto a França registrou 0,2%, contra 0,3% do trimestre anterior.
"O alívio vem da expansão de 0,3% do PIB da Alemanha, que parecia pouco provável após a divulgação dos números da produção industrial em dezembro", afirmou Jonathan Loynes, economista chefe da Capital Economics.
Espanha: economia robusta
Para a Espanha, o Eurostat estima que a quarta economia do bloco registrou uma expansão do PIB de 0,8% no último trimestre, sem mudanças em relação ao anterior, e mostrando uma desaceleração em comparação com o primeiro semestre.
Os dados provenientes de Espanha são a prova do dinamismo da sua economia. De acordo com Eurostat, o crescimento em 2015 foi de 3,5%, três décimos acima da previsão da Comissão, que descreveu a economia espanhola como "robusta", com um crescimento sustentado pelo consumo interno, os baixos preços do pretróleo e a competitividade do euro no comércio internacional.
A segunda maior economia do bloco, a França, não conseguiu decolar no quarto trimestre, quando registrou um crescimento de 0,2%, um décimo a menos que no trimestre anterior. O país registrou uma expansão de 1,2% em 2015.
Apesar de os dados para a Irlanda no último trimestre ainda não terem sido publicados, as informações disponíveis publicadas pelo Eurostat mostram uma expansão nos três trimestres de 2015 com dados disponíveis de 5,5%.
Investimentos e gastos públicos
Os dados disponíveis para a zona do euro "sugerem que o crescimento foi sustentado pelos investimentos e um gasto público superior", ressalta Loynes, considerando que o investimento público não será, em última análise, um suporte para a expansão econômica.
"Enquanto isso, a aparente desaceleração nas despesas das famílias e o comércio líquido sugerem que o combustível que alimenta o crescimento, a queda dos preços do petróleo e do euro, estaria começando a se dissipar", acrescentou.
Portanto, o consenso dos analistas aponta para um abrandamento do crescimento em 2016, de acordo Loynes.
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