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Bruxelas/Otan

Otan participará de missão contra coiotes no Mediterrâneo

O secretário da Defesa americano, Ashton Carter, anunciou nesta quinta-feira (11) que a Otan participará de uma missão de vigilância no mar Egeu para diminuir o fluxo de migrantes entre a Turquia e a Grécia. O objetivo principal é lutar contra os coiotes que trazem as famílias vítimas da guerra para a Europa em condições precárias.

Voluntários ajudam migrantes que chegam à Grécia
Voluntários ajudam migrantes que chegam à Grécia REUTERS/Darrin Zammit
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A declaração foi dada no fim de uma reunião dos ministros da Defesa da organização em Bruxelas. A operação naval visa fiscalizar o mar Egeu, e foi solicitada pela Turquia, Grécia e Alemanha, que recebeu mais de um milhão de refugiados e migrantes no ano passado.

A proposta inclui a extensão da operação marítima da Otan no Mediterrâneo, atualmente sob o comando da Alemanha. Segundo o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, um grupo naval sob comando alemão deverá se dirigir “o mais rápido possível” ao mar Egeu para “lutar contra o tráfico humano”. No ano passado, mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa – sendo metade sírios fugindo da guerra.

A missão seria inédita na história da Otan, que não se implica diretamente em uma operação envolvendo migrantes desde 1945. A presença da organização no mar Egeu vai “esclarecer a situação na costa turca”, onde as travessias ilegais se tornaram um negócio comum. Muitos coiotes fazem fortuna explorando o desespero de famílias que fogem da guerra.  “São vidas humanas em jogo”, disse Carter.

Embarcações poderão ser socorridas

Segundo a Otan, os barcos de refugiados não serão interceptados, mas os membros da missão poderão socorrer as embarcações, como prevê o direito marítimo. A operação também visa fornecer informações aos guarda-costas nacionais e à União Europeia.

Paralelamente, o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, ameaçou nesta quinta-feira "enviar à Europa" centenas de milhares de migrantes que estão na Turquia. "Nossa paciência tem limites", declarou, durante um discurso em Ancara. Ele denunciou os pedidos feitos pela ONU e a União Europeia, que solicitaram a autorização de entrada no território turco de migrantes que fogem da batalha de Alep.

 

 

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