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Linha Direta

OMS convoca reunião de emergência contra vírus zika

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A OMS (Organização Mundial de Saúde) convocou para esta segunda-feira (1) uma reunião de emergência para decidir o que fazer para impedir que a epidemia do vírus zika se espalhe pelo mundo. A organização poderá declarar o vírus como uma “ameaça internacional para saúde pública”. O primeiro passo será frear a proliferação no Brasil e na América Latina.

Mapa com os países afetados pelo vírus Zika é mostrado durante a sessão de informação do Conselhro Executivo da OMS para os Estados-Membros reunidos em Genebra, Suíça, 28 de janeiro de 2016.
Mapa com os países afetados pelo vírus Zika é mostrado durante a sessão de informação do Conselhro Executivo da OMS para os Estados-Membros reunidos em Genebra, Suíça, 28 de janeiro de 2016. REUTERS/Denis Balibouse
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Deborah Berlinck, correspondente da RFI em Genebra

A reunião reunirá especialistas de vários países em uma videoconferência, entre eles, o Brasil. São esperadas diretrizes claras para que os países possam combater a epidemia. A Organização Mundial de Saúde alertou que o número de caso poderá chegar a 4 milhões. Segundo a organização, a velocidade da dispersão do vírus da doença é tal que ele vai se proliferar por todos os países das Américas, sem exceção.

Um dos principais objetivos da reunião é fortalecer o monitoramento da transmissão da doença nos países afetados. Zika é uma doença causada por um vírus que é transmitido pelo mosquito Aedes, o mesmo que carrega o vírus da dengue e chikungunya. O mosquito é o vetor e deve ser eliminado.

A OMS alerta para um fator que pode complicar esta tarefa: o fenômeno climático El Niño . Por causar das altas temperaturas, o El Niño pode levar este ano a um aumento da população do mosquito vetor -- o que complica ainda mais o combate à epidemia. Os especialistas vão discutir também o desenvolvimento de vacinas e como melhorar os testes de diagnóstico. Os sintomas mais frequentes da doença incluem febre, coceira, dor de cabeça, dor no corpo e conjuntivite.

Efeitos do vírus incluem, além da microcefalia, síndrome de Guillain-Barré

A OMS diz que há forte suspeita de que o vírus zika esteja associado ao aumento acentuado no nascimento de bebês com microcefalia, cabeças bem menores do que o normal. Há também um aumento nos casos de síndrome de Guillain-Barré, uma doença que ataca o sistema nervoso, às vezes causando paralisia. Mas a organização diz que a associação entre o vírus zika e a má-formação de bebês e síndromes neurológicas ainda não foi confirmada. O vírus zika foi descoberto em Uganda em 1947.

A Nigéria registrou as primeiras vítimas, em 1954. Nos anos 70, o vírus surgiu no Paquistão e 20 anos depois, na Micronésia. A Polinésia Francesa foi alvo de um surto em 2011 e, agora é o continente americano que é afetado numa proporção que a OMS considera preocupante. Em maio de 2015, Brasil registrou seu primeiro caso de zika. Desde então, a doença se espalhou por outros 22 países da região.

Casos já foram registrados no mundo todo

Caso a OMS declarar a zika como “uma ameaça para saúde internacional”, um alerta global será lançado, o que vai exigir que governos do mundo inteiro tomem providências para identificar casos e impedir a proliferação, inclusive com restrições de viagens. Casos importados por viajantes já foram registrados na Suíça, Alemanha, Espanha e Itália. Isso também preocupa o governo brasileiro, isto é, que haja restrições de viagem ao Brasil justamente no ano dos jogos olímpicos do Rio.

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