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Britânica é condenada por viajar à Síria com bebê para se unir ao EI

Uma britânica que viajou para a Síria com seu bebê e se juntou à organização jihadista grupo Estado Islâmico (EI) se tornou nesta sexta-feira (29) a primeira britânica a ser condenada por este crime. "Fui construir uma casa no céu para todos", escreveu a mulher antes de partir.

A britânica Tareena Shakil, de 26 anos, foi presa no Reino Unido em janeiro de 2015, ao voltar da Síria.
A britânica Tareena Shakil, de 26 anos, foi presa no Reino Unido em janeiro de 2015, ao voltar da Síria. Polícia de West Midlands/AFP
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Um tribunal de Birmingham, no centro da Inglaterra, considerou Tareena Shakil, de 26 anos, culpada por pertencer ao Estado Islâmico e encorajar o terrorismo em algumas mensagens escritas no Twitter antes de deixar o Reino Unido.

Em outubro de 2014, a mulher disse à sua família que viajaria de férias para a Turquia, mas acabou cruzando a fronteira com a Síria, para viajar a Raqqa, o reduto do grupo Estado Islâmico.

"Fui construir uma casa no céu para todos. Alá nos prometeu o paraíso se sacrificássemos nossa vida terrena. Beijos", escreveu ela a um familiar antes de partir. "Eu não vou voltar", assegurou.

"Quero deixar o grupo Estado Islâmico"

Em Raqqa, Tareena foi alojada em uma residência com outras mulheres solteiras. A britânica publicou fotos com o filho, exibindo símbolos do grupo Estado Islâmico e armada com um fuzil e uma pistola.

Em dezembro de 2014, em uma conversa por WhatsApp com o pai, ela disse que gostaria de "morrer como mártir" na Síria. No mesmo período, em sua página no Facebook, ela publicou a mensagem: "se você não gosta do que acontece atualmente na Síria, saia da internet e pegue em armas".

Em janeiro de 2015, a mulher parece ter se arrependido da ideia. Depois de pesquisar várias vezes na internet "quero deixar o grupo Estado Islâmico", fugiu para a Turquia e se rendeu a soldados. Enviada de volta ao Reino Unido, ela foi presa logo em sua chegada.

Durante o julgamento, Tareena assegurou que viajou para a Síria só porque queria viver sob a lei islâmica. Sua sentença será anunciada na segunda-feira, mas o júri já a reconheceu culpada por "ter se integrado a uma organização proibida de 23 de outubro de 2014 a 9 de janeiro de 2015".

(Com informações da AFP)

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