Polícia e xenófobos se confrontam em protesto na Alemanha
A polícia alemã usou gás lacrimogênio e jatos d’água para dispersar um protesto do movimento xenófobo Pegida, neste sábado (9), em Colônia, contra os episódios de agressões sexuais contra mulheres e furtos, que aconteceram na passagem do ano. Ao mesmo tempo, manifestantes lançaram fogos de artifício e garrafas contra os agentes. O número de denúncias subiu para 379 e os suspeitos são principalmente "solicitações de refúgio" e "imigrantes em situação ilegal", informou a polícia.
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Desse total de denúncias, cerca de 40% foram por agressões sexuais, detalhou a polícia. Até agora o número de denúncias era de 170.
Centenas de simpatizantes do movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida) empunhavam cartazes com frases como "Rapefugees not welcome", um jogo de palavras para acusar os refugiados de estupro. Os militantes de extrema-direita também brandiam bandeiras alemãs.
A manifestação aconteceu de modo pacífico até que um grupo de extremistas começou a atirar objetos contra a polícia. Segundo as forças de segurança, quase 800 vândalos estavam entre 1.700 pessoas que participaram na manifestação do Pegida.
Horas antes, centenas de mulheres se anteciparam em uma contra manifestação pacífica para protestar contra as violências ocorridas no último dia do ano.
Conservadores pedem mudança de lei de imigração
As agressões de caráter sexual em Colônia alarmaram a Alemanha e fizeram ressurgir um acalorado debate sobre a política de refugiados do país. Depois dos incidentes, que foram protagonizados por centenas de homens supostamente de aparência norte-africana ou árabe, os conservadores da coalizão liderada pela chanceler Angela Merkel querem mudar as leis de imigração para facilitar a deportação de imigrantes criminosos.
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