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Fracassam negociações na Espanha para formação de novo governo

O secretário geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sanchez, disse na quarta-feira (23) que o seu partido não apoiará a candidatura do primeiro-ministro Mariano Rajoy para formar um novo governo de coalizão depois das eleições do final de semana passado.

PSOE: Sanchez rejeita possibilidade de acordo com PP
PSOE: Sanchez rejeita possibilidade de acordo com PP REUTERS/Sergio Perez
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“Nós fomos claros: nós votaremos contra a continuidade do Partido Popular à frente do governo, com Mariano Rajoy como presidente”, declarou Pedro Sanchez após um encontro, na manhã da quarta-feira (23), com o líder conservador. Rajoy precisava que Sanchez se abstivesse para que o PP pudesse formar um governo de minoria.
 

Diante da recusa do PSOE, que detém 90 cadeiras no novo parlamento, o Partido Popular (PP), com 123 cadeiras, não tem como formar um governo de maioria (mínimo 176 cadeiras), mesmo que faça alianças com os partidos minoritários ou com os Cidadãos, novo partido de centro-direita, que ficou em quarto lugar nas eleições, com 40 cadeiras.
 

“Se o Partido Popular não conseguir formar um novo governo”, declarou Sanchez, “os socialistas explorarão todas as possibilidades para a formação de um governo de mudança”.
 

PSOE e Podemos

A esquerda moderada vislumbra a possibilidade de se aliar ao Podemos, novo partido de esquerda, que chegou num surpreendente terceiro lugar, com 69 cadeiras. Se a aliança se concretizar, a Espanha pode passar pela mesma experiência vivida por Portugal, onde o partido conservador venceu as eleições em outubro, mas, logo depois, perdeu o governo para os socialistas que formaram maioria com os partidos de esquerda.
 

A aliança das esquerdas espanholas, contudo, é menos plausível, pela ausência de uma agenda comum, e pela postura reformadora do Podemos, um partido jovem, que desafia o status quo da política na Espanha.
 

Segundo as leis espanholas, o novo parlamento deve se apresentar no dia 13 de janeiro e, a partir de então, os deputados terão dois meses para eleger um novo governo. Caso não se chegue a um acordo no prazo estabelecido, o primeiro-ministro em exercício deverá convocar novas eleições.

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