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Europa / Terrorismo / Grupo Estado Islâmico

Áustria prende dois homens com possíveis vínculos com atentados de Paris

A polícia austríaca deteve duas pessoas que podem estar envolvidas com os atentados de 13 de novembro em Paris. "Duas pessoas procedentes do Oriente Médio foram detidas no fim de semana", informou nesta quarta-feira (16) Robert Holzleitner, porta-voz da promotoria de Salzburgo (oeste).

Fachada do restaurante Le Carillon, no 10° distrito de Paris, um dos locais atingidos pelos atentados de 13 de novembro.
Fachada do restaurante Le Carillon, no 10° distrito de Paris, um dos locais atingidos pelos atentados de 13 de novembro. REUTERS/Charles Platiau
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Os dois detidos, "suspeitos de pertencer a uma organização terrorista", foram localizados em um centro de acolhimento de imigrantes em Salzbourg. Segundo o site do jornal Kronen Zeitung, eles seriam de nacionalidade francesa, mas teriam chegado da Síria em outubro, com passaportes sírios falsificados, junto com outros autores dos atentados.

Suspeito preso em Paris

Um outro suspeito de 29 anos que foi preso na terça-feira na periferia de Paris teve sua detenção provisória prolongada. Pela lei francesa, ele pode ficar sob custódia policial por até 96 horas. Depois, tem que ser solto ou processado. De acordo com a polícia, este homem não teria participado diretamente dos ataques, mas pode ter mantido contato com os autores.

Dentro da investigação, dois homens já foram indiciados na França por suspeitas de oferecer alojamento ao jihadista belga-marroquino Abdelhamid Abaaoud, suposto cérebro dos atentados, morto em uma operação policial no dia 18 de novembro. Na Bélgica foram indiciados e detidos oito suspeitos.

Os atentados corrdenados de Paris, reivindicados pelo grupo ultrarradical Estado islâmico, deixaram 130 mortos e centenas de feridos.

Inteligência alemã diz que EI se parece com Estado e não com simples organização terrorista

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) "se parece com um Estado" e classificá-lo como organização "terrorista" minimiza a amplitude do problema, afirmou hoje o diretor do serviço de inteligência interno da Alemanha", afirmou Hans-Georg Maassen.

Para ele, o EI não é comparável a organizações como a Fração do Exército Vermelho, que com sua violência de extrema-esquerda abalou a Alemanha nas décadas passadas de 70 e 80. "O EI é uma formação que se parece com um Estado e que deseja executar uma guerra contra nós", explicou.

Ao falar sobre os atentados de Paris, com dois autores que passaram pela ilha grega de Leros ao lado de milhares de imigrantes, Maassen disse que os jihadistas tentaram "desacreditar uma parte do fluxo de refugiados".

O grupo Estado Islâmico controla amplas regiões na Síria e no Iraque, nas quais proclamou um califado em junho de 2014. O grupo exerce seu poder com uma administração e um sistema judicial próprios, baseados em uma interpretação alterada da lei religiosa islâmica.

Com informações da AFP

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