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Portugal/Política

Governo do socialista António Costa toma posse em Portugal

A aliança de esquerda antiausteridade chega ao poder em Portugal. O novo governo, liderado pelo primeiro-ministro António Costa, tomou posse nesta quinta-feira (26), em Lisboa. Mais de 40 anos depois da Revolução dos Cravos, essa é a primeira vez que toma posse no país um governo socialista apoiado por comunistas e pela esquerda radical.

António Costa, novo primeiro-ministro socialista português.
António Costa, novo primeiro-ministro socialista português. AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA
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O novo governo português foi formado ontem pelo socialista António Costa, que foi nomeado na terça-feira (24) como primeiro-ministro pelo presidente português. O gabinete também foi aceito ontem (25) pelo presidente conservador, Cavaco Silva.

O gabinete é composto por políticos experientes, como Augusto Santos Silva, nas Relações Exteriores, mas também jovens, como o pesquisador Tiago Brandão que, aos 38 anos, ocupa o Ministério da Educação. Entre os 17 ministros, quatro são mulheres. Há também 41 secretários de Estado.

O importante Ministério das Finanças é ocupado por Mario Centeno, economista do Banco de Portugal e conselheiro de longa data do novo primeiro-ministro. Formado em Harvard, Centeno, de 48 anos, é um especialista do mercado de trabalho. Ele coordenou a elaboração do programa econômico do Partido Socialista na campanha para as eleições legislativas de 4 de outubro.

Governo antiausteridade

O governo socialista apoiado por comunistas e pela esquerda radical está unido para combater as políticas de austeridade, implantadas desde 2011. A coalizão de centro-direita comandada por Pedro Passos Coelho, que estava no poder, venceu as eleições, mas perdeu a maioria absoluta no Parlamento.

Os socialistas conseguiram construir a aliança, e Cavaco Silva teve que se conformar em entregar o poder a Costa, ex-prefeito de Lisboa, de 54 anos, para encerrar a crise política que já durava dois meses em Portugal. O Partido Socialista, apoiado pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda radical, conseguiu há duas semanas a queda do governo de Passos Coelho.

O presidente, que não escondeu suas críticas à aliança "incoerente" entre o Partido Socialista (PS), pró-União Europeia, e seus parceiros eurocéticos, exigiu na segunda-feira garantias suplementares a António Costa sobre a "estabilidade" do futuro governo.

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