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Bélgica/Molenbeek

Bairro belga onde viveu suposto mentor de atentados de Paris faz vigília pela paz

Cerca de 2.500 pessoas prestaram homenagem às vítimas dos atentados de Paris nesta quarta-feira (18) no bairro popular de Molenbeek, em Bruxelas. Na praça principal do bairro, homens, mulheres e crianças respeitaram um minuto de silêncio e acenderam velas em memória das vítimas do terrorismo e da violência em Paris e em todo o mundo. A vigília pela paz, organizada por associações locais, teve também o objetivo de restaurar a imagem de Molenbeek e dizer “não” à estigmatização do bairro.

Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (18) na praça central de Molenbeek, em Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados da última sexta-feira (13) em Paris.
Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (18) na praça central de Molenbeek, em Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados da última sexta-feira (13) em Paris. REUTERS/Yves Herman
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Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

Além de ter servido como abrigo temporário para terroristas ligados a ataques no Afeganistão, Madri e na própria capital belga, o bairro de Molenbeek viu crescer jihadistas como Abdelhamid Abaaoud, suspeito de ser o mentor dos ataques da última sexta-feira, em Paris. A Bélgica está sendo acusada de ter negligenciado as investigações sobre os jihadistas.

Desde a tragédia na capital francesa, Molenbeek vive sob angústia e tensão com operações policiais e cães farejadores nas ruas. No bairro, de maioria muçulmana, os moradores rebatem a má fama da área e enfatizam que “Molenbeek não é um bastião do terrorismo”.

Durante a vigília, jovens que moram na região disseram que pretendem ”viver juntos, e não, morrer juntos”. A vigília aconteceu sob fortes medidas de segurança: todos os participantes foram revistados pela polícia.

A comunidade muçulmana de Molenbeek lamenta estar associada ao grupo Estado islâmico (EI). Por ser uma área procurada por famílias de rendas baixas, a rotatividade dos moradores é enorme. Além disso, o alto percentual do desemprego juvenil no bairro (cerca de 40%) é um terreno fértil para os extremistas e um dos fatores que levam os jovens a se radicalizarem.

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