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França/UE

União Europeia vai apoiar operações militares da França

A França pediu e a União Europeia aceitou dar maior assistência militar às operações das Forças Armadas francesas no exterior. Em uma coletiva de imprensa em Bruxelas nesta terça-feira (17), a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, reafirmou o apoio incondicional do bloco à França. As investigações sobre os atentados de Paris avançam. Três suspeitos de envolvimento nos ataques foram detidos na fronteira entre a Alemanha e a Bélgica.

Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União Europeia reunidos no Conselho da UE em Bruxelas, Bélgica, 17 de novembro, de 2015.
Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União Europeia reunidos no Conselho da UE em Bruxelas, Bélgica, 17 de novembro, de 2015. REUTERS/Delmi Alvarez
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Federica Mogherini disse que a decisão foi tomada por unanimidade. Os 28 países do bloco irão apoiar as ações de combate realizadas pela França contra o grupo Estado Islâmico, autor dos atentados da última sexta-feira (13), em Paris.

O pedido francês, feito nesta manhã, foi baseado no artigo 42-7 da União Europeia. O texto prevê o reforço militar e é similar ao artigo 5 da Otan, que foi utilizado pelos Estados Unidos para envolver os aliados na luta contra o terrorismo, após os atentados de 11 de setembro de 2011.

Investigação

A polícia francesa encontrou nesta manhã um carro com placa da Bélgica
estacionado no 18° distrito de Paris, no famoso bairro turístico de Montmartre, onde fica a Basílica de Sacre Coeur. Segundo os policiais, o carro teria sido usado nos preparativos dos ataques de sexta-feira. Vale lembrar que no comunicado de reivindicação do grupo Estado Islâmico dos atentados de Paris, esse bairro 18 é formalmente apontado como um alvo de ação terrorista. O carro foi rebocado e está sendo analisado pela perícia.

Os investigadores também descobriram que Salah Abdeslam, suspeito de ter organizado e participado dos ataques e atualmente foragido, alugou dois quartos em um flat de Alfortville, periferia de Paris. Os quartos foram reservados na véspera dos ataques com um cartão de crédito em nome do suspeito. Os policiais tentam saber quais dos oito terroristas envolvidos nos ataques se hospedaram no apart hotel e por quanto tempo. As buscas feitas no local não revelaram muita coisa, informou uma fonte próxima da investigação.

Uma casa alugada por Brahim Abdeslam, irmão de Salah e autor do atentado-suicida contra o bar Comptoir Voltaire na sexta-feira, também foi descoberta pelos policiais. Na casa em Bobigny os policiais encontraram apenas telefones celulares ainda embalados.

Ao todo, 128 casas foram revistadas pela polícia durante a madrugada em todo o país, um número semelhante ao de segunda-feira, mas não há informações de novas detenções.

Suspeitos detidos na Alemanha

Três pessoas, suspeitas de envolvimento nos atentados de Paris, foram detidas hoje pela polícia alemã em Aix-la-Chapelle, na fronteira entre a Alemanha e a Bélgica.

Até o momento, cinco dos sete terroristas mortos já foram identificados e quatro são franceses. Falta identificar um dos homens-bomba que agiu na casa de espetáculos Bataclan e outro que acionou seu colete de explosivos no Stade de France. O oitavo suspeito de ter participado dos ataques, que deixaram ao menos 129 mortos, é Salah Abdeslam,  francês de 26 anos residente na Bélgica, que conseguiu fugir e é procurado em toda a Europa.

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