Novo naufrágio no Mediterrâneo deixa pelo menos 700 mortos
Mais um trágico drama no Mediterrâneo pode ter deixado 700 vítimas na madrugada deste domingo (19). Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), uma embarcação com imigrantes clandestinos naufragou na costa da Líbia. A guarda costeira italiana comanda uma operação urgente de socorro na manhã deste domingo. Até o momento, apenas 28 pessoas foram resgatadas.
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Nesta madrugada, segundo informações do jornal Times of Malta, 28 pessoas foram resgatadas após o naufrágio na costa da Líbia. O barco pesqueiro vinha do Egito e se acidentou próximo ao Canal da Sicília a 120 milhas náuticas do sul da ilha italiana de Lampedusa.
Um alerta de problemas no barco egípcio foi dado por volta de meia-noite, horário local. Um cargueiro português atendeu ao pedido de socorro. Mas, segundo testemunhas, os cerca de 700 passageiros correram para o mesmo lado do convés ao perceberem a aproximação do outro barco, o que teria provocado a tragédia.
Desde as primeiras horas após o acidente, a Guarda Costeira italiana acionou uma operação de socorro. A Marinha militar, a Aeronáutica a e Marinha mercante também se juntam aos esforços para tentar localizar as vítimas do naufrágio. As autoridades da Itália e de Malta afirmam que 24 corpos foram encontrados.
Para a ONU, essa já é uma “tragédia sem precedentes” na região. A porta-voz da Acnur na Itália, Carlotta Sami, lamentou mais esse drama com imigrantes que tentam chegar à Europa. Segundo Sami, essa é mais uma prova de quão “inescrupulosos” são os atravessadores que lucram com o comércio ilegal da imigração clandestina.
Reações após a tragédia
O presidente francês François Hollande afirmou neste domingo que conversou por telefone com o premiê italiano, Matteo Renzi. Eles concordaram que é preciso ampliar os esforços para monitorar o Mediterrâneo e evitar novos dramas como o desta madrugada. No começo da semana passada, outro naufrágio deixou pelo menos 450 mortos, segundo estimativas preliminares.
Hoje, o papa Francisco fez um apelo para que a comunidade internacional aja « rapidamente » diante da multiplicação de “tragédias no Mediterrâneo”. Esses imigrantes são “mulheres e homens como nós”, disse o papa diante de milhares de fiéis na Praça São Pedro.
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