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Itália/Costa Concordia

Comandante do Costa Concordia pode pegar até 26 anos de prisão

O veredito do ex-comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino poderá ser anunciado nesta quarta-feira (11). Ele pode ser julgado por abandono de navio durante o naufrágio do cruzeiro, no dia 13 de janeiro de 2012, que deixou 32 mortos. O comandante pode pegar até 26 anos de prisão se o tribunal de Grosseto aceitar a tese da promotoria.

Operação para rebocar Costa Concordia começa nesta quarta-feira, 23 de julho de 2014.
Operação para rebocar Costa Concordia começa nesta quarta-feira, 23 de julho de 2014. REUTERS/ Alessandro Bianchi
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De acordo com o advogado do comandante, Domenico Pepe, o veredito do processo aberto em julho de 2013 deve ser divulgado até amanhã. Segundo ele, Schettino está confiante porque os juízes têm sido muito "objetivos". De acordo com Pepe, o promotor chamou o comandante de "idiota" por ter demorado a evacuar o navio. De acordo com ele, o naufrágio foi um acidente que pode acontecer com "qualquer um".

O advogado justificou a decisão de Schettino de sair do cruzeiro e explicou que ele esperava que o vento e a correnteza aproximassem a embarcação da costa, o que teria facilitado a retirada dos passageiros.

"Se ele tivesse ordenado a evacuação a um quilômetro do litoral, o navio teria ficado fora de controle", insistiu o advogado. "Schettino teve 45 minutos para decidir a vida de 4.500 pessoas e sua decisão permitiu que a maioria fosse salva", insistiu.

Comandante estava mal informado, diz acusação

A promotoria defende que a ordem para evacuar o navio foi dada tarde demais, e a operação foi "improvisada". Durante seu interrogatório, o ex-comandante tentou minimizar sua responsabilidade, jogando a culpa na tripulação, que o teria informado mal. "Contra Schettino, há muitas provas", afirmou um dos promotores, Stefano Pizza. A promotoria também pediu a prisão do ex-comandante para prevenir qualquer tentativa de fuga.

Quanto ao fato de ter abandonado o navio enquanto vários passageiros ainda estavam no local, ele se explicou dizendo que foi "obrigado pela força da gravidade a se jogar no mar", no momento em que o Costa Concordia atingia os rochedos de Giglio no largo da Toscana. A decisão do comandante, que abandonou o navio e fugiu em um barco, chocou a Itália.

Depois de naufragar, o navio ficou mais de dois anos afundado na ilha de Giglio, e foi transportado em julho de 2014 para Gênova para ser desmantelado.
 

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