Espanha e Reino Unido prendem jihadistas ligados ao grupo Estado Islâmico
O ministério do Interior da Espanha anunciou nesta sexta-feira (26) que prendeu nove suspeitos de pertencer a uma célula ligada aos jihadistas do grupo Estado Islâmico. A polícia britânica também informou que deteve mais dois suspeitos de integrar os radicais islâmicos "Muçulmanos contra as cruzadas".
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De acordo com o governo espanhol, o chefe e oito integrantes suspeitos de integrar uma célula terrorista foram detidos no enclave espanhol de Melilla, e na cidade vizinha de Nador, no Marrocos. A operação foi feita em conjunto entre policiais dos dois países.
Os suspeitos recrutariam membros para combater na Síria e no Iraque para o grupo Estado Islâmico. Segundo o ministério espanhol do Interior, a célula trabalhava como uma milícia terrorista, com treinamentos físicos especiais e estratégias específicas para escapar da polícia.
Melilla é um célébre reduto de células extremistas e é constantemente alvo de operações policiais contra grupos radicais. Três grupos jihadistas foram desarticulados na cidade nos últimos meses.
Novas prisões no Reino Unido
O Reino Unido anunciou hoje a prisão de mais dois suspeitos de integrar ou apoiar o grupo radical islâmico "Muçulmanos contra as cruzadas", proibido no país desde 2011. No comunicado, a polícia britânica disse que os dois homens, de 33 e 42 anos, foram detidos em uma rodovia e encaminhados a uma prisão em Londres. Ontem outros 9 suspeitos foram detidos para investigação.
As prisões acontecem no mesmo dia em que o Parlamento britânico se reúne em sessão extraordinária para votar sobre a participação do Reino Unido na coalizão internacional que combate os jihadistas com ataques aéreos.
O primeiro-ministro David Cameron se diz confiante em obter o aval dos deputados para a interferência no Iraque. “A questão avaliada hoje pelo Parlamento consiste em determinar a melhor maneira de proteger os britânicos contra a ameaça do grupo Estado islâmico, e em particular a determinar o papel que nossas forças devem exercer na coalizão internacional para desmantelar e destruir o que o presidente norte-americano Barack Obama qualificou de ‘rede da morte’”, disse hoje o premiê.
Britânicos protestam
Ontem, centenas de britânicos protestaram em Downing Street, em Londres, onde fica a residência de David Cameron, contra a adesão do Reino Unido a uma intervenção no Iraque. A população teme que a participação da Grã-Bretanha nos bombardeios contra o grupo Estado Islâmico possa resultar em uma nova onda de atos terroristas na região.
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