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Ucrânia/Crise

Ocidentais usam crise ucraniana para reanimar Otan, acusa Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou nesta quarta-feira (10) os ocidentais de usar a crise ucraniana para “reanimar” a Otan. Já os ocidentais hesitam em aplicar novas sanções contra Moscou nesse momento em que o cessar-fogo no leste da Ucrânia está sendo globalmente respeitado.

Presidente ucraniano Petro Porochenko disse nesta quarta-feira (10) que 70% dos soldados russos deixaram o leste do país.
Presidente ucraniano Petro Porochenko disse nesta quarta-feira (10) que 70% dos soldados russos deixaram o leste do país. REUTERS/Vasily Fedosenko
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O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, declarou hoje que a situação no leste do país "mudou radicalmente" com o cessar-fogo assinado na última sexta-feira. Segundo Porochenko, 70% dos soldados russos deixaram o país e o exército ucraniano parou de registrar baixas diárias.

A trégua parece funcionar e os europeus hesitam em aplicar as novas sanções econômicas contra o governo russo. O segundo pacote medidas em represália ao apoio de Moscou aos separatistas no leste da Ucrânia foi aprovado na noite de segunda-feira.

Mais autonomia ao leste ucraniano

O presidente Porochenko prepara um projeto de lei para ser apresentado ao Parlamento na semana que vem, que prevê um status específico, com maior autonomia, às regiões separatistas do leste. O projeto, previsto no acordo de cessar-fogo, garante a integridade territorial da Ucrânia.

Mas os separatistas pró-russos reafirmaram que continuarão lutando pela independência. Porochenko promulgou nesta quarta-feira a lei que prevê sanções econômicas para as empresas e personalidades russas que financiam os separatistas.

Rússia x Otan

Apesar do clima de apaziguamento, o presidente russo Vladimir Putin voltou a fazer uma declaração polêmica. Ele acusou hoje os ocidentais de “usar a crise na Ucrânia para reanimar a Otan”. Na declaração, citada por agências de imprensa russas, Putin disse ainda que a crise ucraniana foi provocada por “alguns parceiros ocidentais”.

Durante a última cúpula da Otan, na semana passada, em Newport, no Reino Unido, a organização prometeu manter uma presença contínua no leste europeu e criar uma força capaz de agir rapidamente. O objetivo é proteger os países que integram a Aliança Atlântica na região de uma eventual intervenção russa.

Hoje, Putin voltou a afirmar que a Rússia irá adaptar sua estratégia militar a esse reforço da Otan na região, até o final do ano.

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