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Espanha/Crise

Reformas deram resultado e Espanha está saindo da crise, afirma OCDE

A Espanha está aos poucos saindo da crise, mas deve aumentar seus esforços em inovação, na competitividade de suas empresas e no acompanhamento das pessoas à procura de trabalho para reduzir o desemprego. A análise da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta segunda (8), diz que as reformas do país estão dando resultado.

Taxa de desemprego caiu abaixo dos 25%, mas segue sendo a segunda mais alta da Europa.
Taxa de desemprego caiu abaixo dos 25%, mas segue sendo a segunda mais alta da Europa. REUTERS/Andrea Comas
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Com um crescimento do PIB de 0,6% no segundo trimestre do ano e uma inflexão no desemprego – que voltou a um patamar abaixo dos 25% –, o país está voltando a respirar. “A Espanha deixou de ser um problema para a Europa”, afirmou hoje o ministro da Economia do país, Luis de Guindos.

A OCDE revisou suas previsões para o crescimento do país, passando de 1% para 1,2% para este ano e de 1,5% para 1,6% em 2015. O governo espanhol é ainda mais otimista e prevê crescimento de 1,5% para 2014 e 2% para o próximo ano.

Desemprego ainda é desafio

Apesar da melhora geral, a batalha ainda não está vencida, segundo Angel Gurria, secretário-geral da OCDE: “É preciso manter o objetivo e enfrentar o enorme desafio do desemprego”. A porcentagem de espanhóis sem trabalho é de 24,47%, o segundo índice mais alto entre os países membros da Organização, perdendo apenas para a Grécia. Entre os menores de 25 anos, o número vai a 53,1%.

A maioria dos desempregados possuem uma formação que não corresponde às necessidades atuais do mercado de trabalho, alerta a OCDE. Uma parte deles vem do setor de construção, após a explosão da bolha imobiliária, explica Jésus Castillo, economista na agência Natixis. Sejam imigrantes ou jovens que pararam de estudar muito cedo, eles possuem um nível de instrução baixo, mas a criação de empregos está ocorrendo na indústria e em setores mais qualificados da própria construção civil.

Outro ponto fraco da Espanha é a fragmentação das empresas, “com muitas pequenas empresas de baixa produtividade e poucas empresas de médio e grande porte”, segundo o relatório da OCDE.
 

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