Representantes de 80 países lembram cem anos da 1ª Guerra Mundial em Liège
Representantes de mais de 80 países estão reunidos em Liège nesta segunda-feira (4) para comemorar os 100 anos da Primeira Guerra Mundial e lembrar a invasão da Bélgica pelas tropas alemãs, no dia 4 de agosto de 1914. Um forte esquema de segurança foi montado em Liège para receber chefes de estado e outras personalidades, como o príncipe William e Kate, que presidem a cerimônia ao lado do rei belga Philippe e da rainha Mathilde.
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Além do novo rei da Espanha, Felipe VI, o princípe William e sua mulher, Kate, também estarão presentes, além do presidente francês, François Hollande e o alemão, Joachim Gauck. Os chefes de estado da Áustria, Armênia, Irlanda, Sérvia, Montenegro, Romênia, Bulgária e Albânia também marcam presença na cerimônia. No total, 23 países que participaram da Primeira Guerra foram convidados para a comemoração.
Os convidados foram recebidos às 9h no bairro militar de Saint-Laurent pelo rei Philippe e sua esposa, Mathilde. As delegações estrangeiras se reunirão no Memorial de Coitne, símbolo do reconhecimento dos aliados pela resistência dos belgas à invasão alemã em 1914.
Na ocasião, um discurso será pronunciado pelo rei Philippe, o presidente francês, o alemão e o príncipe William. Para lembrar a atuação heróica dos belgas, estão previstos 12 tiros de canhão.
Em seguida, um almoço será servido no palácio. Uma segunda cerimônia franco-belga, na parte da tarde, vai comemorar a entrega da Legião de Honra francesa à cidade de Liège no dia 7 de agosto de 1914, três dias depois da invasão do território pela Alemanha.
Apesar de ter caído nas mãos dos alemães em 16 de agosto, a resistência belga retardou o avanço das tropas inimigas.
William e Kate participam de cerimônia com premiê britânico
O princípe William e Kate participarão de uma cerimônia no cemitério de Saint-Symphorien, onde se encontram com o primeiro-ministro David Cameron e o princípe Harry. No local, está enterrado o primeiro soldado britânico morto durante a Guerra e o último, assassinado em 11 de novembro de 1918, dia do Armistício que colocou fim ao conflito.
População está frustrada
O rei belga e sua esposa farão todo o trajeto na cidade de carro e não terão nenhum contato com a população. Os caminhos que serão usados durante o cortejo foram bloqueados durante o fim de semana e todos os veículos foram retirados. Cerca de 650 policiais foram mobilizados e atiradores de elite estarão a postos, além de dois helicópteros. As placas dos carros serão fiscalizadas.
Cerca de 6500 civis morreram durante a Primeira Guerra Mundial na Bélgica, que era considerado território neutro.
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