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Vaticano/Papa

Canonização de João 23 e João Paulo 2°atrai 1 milhão a Roma

Neste domingo (27) Francisco e o papa emérito Bento 16 celebram juntos a missa de canonização de seus predecessores João Paulo 2° e João 23. Trata-se de um evento único nos dois mil anos de história da Igreja católica. Centenas de milhares de fiéis já invadiram as ruas da capital italiana, e mais de um milhão de pessoas são esperadas na praça São Pedro na manhã de domingo.

Roma foi invadida por peregrinos de todos os continentes, atraídos pela canonização de João 23 e João Paulo 2°, neste domingo (27).
Roma foi invadida por peregrinos de todos os continentes, atraídos pela canonização de João 23 e João Paulo 2°, neste domingo (27). REUTERS/Stefano Rellandini
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Peregrinos, religiosos de todas as nacionalidades e turistas atraídos pelo evento histórico já invadiram as ruas que levam ao Vaticano, à espera da dupla canonização de João Paulo 2°, o carismático papa polonês, e do "bom papa" italiano, João 23.

São esperadas 98 delegações de Estados ou organizações internacionais, incluindo 24 chefes de Estado e membros da realeza - do rei da Espanha ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Entre eles deveria estar o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, que teve uma audiência com o papa Francisco neste sábado (26). Mas ele decidiu encurtar a viagem a Roma devido à crise em seu país, onde a tensão não para de aumentar.

O Vaticano confirmou neste sábado a presença de Joseph Ratzinger. O papa emérito alemão, que deixou o cargo no ano passado, não vai ficar diante do altar ao lado de seu sucessor. Mas ele participará da cerimônia litúrgica, com 150 cardeais e cerca de mil bispos.

Vigília

Vigílias de oração em várias línguas foram organizadas em igrejas da capital italiana. Os serviços de segurança e de saúde da cidade estão mobilizados.

Não é possível acampar diante da Basília de São Pedro, onde uma multidão de cadeiras espera pelas delegações oficiais, mas os fiéis foram autorizados a se instalar nos dois lados da imensa avenida da Conciliazione, que leva à igreja.

Equipados de guarda-chuvas, cobertas, sacos de dormir ou cadeira dobráveis, grupos de peregrinos fazem piquenique e cantam. Elinette Passos Ramos, uma brasileira que imigrou para a Itália em 1998, disse à agência France Presse que tinha a intenção de passar a noite ali para não perder "seu lugar na primeira fila". "João Paulo 2° tinha uma grande fé e uma grande simplicidade", disse ela.

A bandeira vermelha e branca da Polonha, onde Karol Wojtyla é um herói nacional, está por toda parte. No Vaticano, os retratos dos dois futuros santos já foram instalados na fachada da Basílica de São Pedro.

Críticas

A canonização de João 23, iniciador do Concílio Vaticano 2 (1962-1965), que marcou a abertura da Igreja católica à sociedade e às outras religiões, não é criticada por ninguém, a não ser os mais conservadores.

Mas a de João Paulo 2° tem detratores, mesmo que sua estatura internacional seja incontestável. O papa polonês é criticado por ter fechado os olhos diante dos crimes de pedofilia e pela sua severidade com os teólogos dissidentes, sobretudo os da Teologia da Libertação.

"Santidade não significa perfeição", enfatizou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. Ele afirmou que a canonização de João Paulo 2°, nove anos após sua morte, é "sem dúvida a mais rápida" da história.

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