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Ucrânia/Rússia

OTAN adverte Rússia contra 'erro histórico' de intervenção no leste da Ucrânia

A tensão voltou a crescer entre Ucrânia e Rússia nesta terça-feira (8). A proclamação de uma república independente por militantes pró-russos, ontem, na cidade ucraniana de Donetsk, provoca reações exaltadas. A OTAN pediu à Rússia que pare de alimentar a escalada militar no leste da Ucrânia e alertou que uma nova intervenção no território ucraniano "seria um erro histórico de consequências graves".

Militantes pró-russos protestam na sede da administração local de Kharkiv, no leste da Ucrânia.
Militantes pró-russos protestam na sede da administração local de Kharkiv, no leste da Ucrânia. REUTERS/Stringer
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O poder ucraniano acusa a Rússia de tentar desmembrar o país. Moscou adverte para o risco de uma "guerra civil". Como aconteceu na península da Crimeia, anexada à Rússia em poucas semanas no mês de março, os independentistas de Donetsk querem a realização de um referendo de autodeterminação.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, se propôs a participar de uma mediação entre as autoridades de Kiev, europeus e americanos, mas impõe como condição ao diálogo a presença de pró-russos do leste e do sul da Ucrânia. Lavrov acusou o governo pró-europeu de Kiev de ignorar os interesses das populações que falam russo na Ucrânia.

Policiais feridos

O presidente ucraniano interino, Olexandre Turchinov, declarou que usará a Constituição contra separatistas que invadirem prédios públicos com armas de fogo. "Eles serão tratados como 'terroristas e criminosos', como prevê a lei", disse o presidente.

Além da invasão à sede da administração regional de Donetsk, separatistas pró-russos também invadiram ontem prédios públicos na cidade de Kharkiv, e a intervenção da polícia para desalojar os manifestantes terminou com três policiais feridos, um deles em estado grave. O presidente Turchinov relatou no Parlamento que os separatistas de Kharkiv jogaram granadas e atiraram nos policiais. Segundo Turchinov, grupos pró-russos tentam desestabilizar outras duas regiões no leste da Ucrânia: Dniepropetrovsk e Nikolaievsk.

A Rússia advertiu hoje para o risco de guerra civil na Ucrânia, mas joga lenha na fogueira quando declara que vai defender "de todas as formas" a população que fala russo nas ex-repúblicas soviéticas. Moscou posicionou 40 mil soldados na fronteira ucraniana.

O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, ameaçou o governo russo de "consequências graves". "Seria um erro histórico a Rússia ampliar sua intervenção na Ucrânia", declarou Rasmussen.

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