Letônia é o 18° país a adotar a moeda única europeia

A passagem do ano na Letônia vai ser marcada pela entrada em circulação da moeda única europeia no país. Mas a chegada da nova moeda preocupa a população local.

À meia-noite, a Letônia torna-se no décimo-oitavo país da zona do euro. REUTERS/Francois Lenoir

A partir de 1° de janeiro, a Letônia passa a ser o 18° a adotar a moeda única europeia. A partir de meia-noite no horário local, 21 horas em Brasília, a população já poderá sacar as novas cédulas de euro. A moeda única europeia vai substituir o late que havia sido instituído após o fim da União Soviética. Até 1993, a Letônia usava o rublo.

A economia do pequeno país báltico de 2 milhões de habitantes teve que esperar cinco anos para entrar para a zona do euro. Inicialmente, a ex-república soviética deveria ter adotado a moeda única. Mas, por causa da crise econômica que fragilizou a economia do bloco, os letões tiveram que esperar. Entre 2008 e 2009, o PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu 25%, o maior recuo de um país no período.

Desde então, o país teve que apertar os cintos para poder se encaixar no modelo de austeridade dos demais países da região. “Graças a esses esforços, a Letônia vai entrar mais forte que nunca na zona do euro. Essa é uma mensagem que encoraja outros países que atravessam processos difíceis de ajuste econômico”, disse o presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso.

Entre a população, porém, o entusiasmo é bem menor. Muitos temem que a passagem para o euro provoque inflação. Uma pesquisa de opinião realizada em dezembro pelo instituto SKS revela que apenas 25% da população aprova a moeda única europeia, 50% são contra e os demais não souberam ou não quiseram opinar.