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Europa/Leste

Líderes europeus tentam salvar acordos com países do Leste

Líderes europeus se reúnem em Vilnius, capital da Lituânia, para tentar salvar os acordos de associação com seis de seus vizinhos do Leste: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia. Porém, o projeto para estreitar relações com as ex-repúblicas soviéticas começou a perder força com a recusa do presidente ucraniano, Viktor Yanukovitch em assinar o acordo por motivos econômicos. Desde o início da semana, manifestantes protestam nas ruas de Kiev, capital da Ucrânia, contra a decisão de Yanukovich, que afasta o país do bloco europeu e o torna mais dependente da Rússia.

Manifestantes protestam em Kiev contra decisão do governo ucraniano para abandonar acordo com União Europeia.
Manifestantes protestam em Kiev contra decisão do governo ucraniano para abandonar acordo com União Europeia. REUTERS/KonstantinChernichkin
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Letícia Fonseca, correspondente de Bruxelas

A União Europeia denunciou as pressões da Rússia para afastar Kiev do acordo. Nos últimos meses, Moscou diminuiu os intercâmbios comerciais com a Ucrânia em sinal de alerta, complicando ainda mais a difícil situação econômica do país. Dos seis vizinhos do Leste, a Ucrânia é o país mais cobiçado, por seu tamanho, recursos naturais e posição estratégica. Para Moscou a ideia de ver suas ex-repúblicas mais próximas do bloco europeu é inadmissível.

Apesar do”não” ucraniano, Yanukovitch vai estar presente na reunião em Vilnius. A União Europeia mantém aberta a opção de assinar o acordo de associação e livre comércio com a Ucrânia, mas afirmou que não irá apoiar a ideia de Kiev de envolver a Rússia para discutir a questão. De acordo com uma recente pesquisa, 44% dos ucranianos são a favor da aproximação do país com a UE. Para eles, a Europa ainda significa esperança, e o acordo com o bloco representa prosperidade, segurança e liberdade.

Parcerias à deriva

Na ausência de um acordo com a Ucrânia, os líderes europeus devem buscar o que resta salvar da “Parceria Oriental”: as negociações com a Moldávia e Geórgia. No início do mês, o Partido Comunista da Moldávia protestou contra a adesão à União Europeia e exigiu a renúncia do governo. Entre as repúblicas do Cáucaso, o regime autoritário do Azerbaijão se afastou do projeto do bloco, assim como a Armênia, que é altamente dependente da Rússia, e também a Bielorrússia, governada por uma ditadura, e que participa da União Aduaneira, um bloco criado em 2010 pela Rússia.

 

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