Acessar o conteúdo principal
Ucrânia/Femen

Fundadoras do Femen fogem da Ucrânia por medo de perseguições

Três fundadoras do grupo feminista Femen, conhecido por organizar manifestações de militantes com os seios nus, anunciaram neste sábado, 31 de agosto de 2013, que deixaram a Ucrânia por medo de perseguições, depois que a polícia de Kiev descobriu armas na sede do movimento.

Integrantes do movimento Femen protestam contra o que chamam de ditadura e repressão política na Ucrânia diante da embaixada ucraniana em Berlim nesta quinta-feira, 29 de agosto de 2013.
Integrantes do movimento Femen protestam contra o que chamam de ditadura e repressão política na Ucrânia diante da embaixada ucraniana em Berlim nesta quinta-feira, 29 de agosto de 2013. Reuters
Publicidade

Alexandra Chevtchenko, Anna Gutsol e Iana Jdanova "fugiram da Ucrânia porque temiam por suas vidas e sua liberdade", indicou o grupo Femen em um comunicado publicado em seu site oficial. As três militantes vão "continuar suas atividades na Europa", especifica o texto.

As fundadoras do Femen tomaram a decisão de sair da Ucrânia depois de terem sido convocadas para um interrogatório policial na sexta-feira. Um revólver e uma granada foram apreendidos pelas forças da ordem durante uma perquisição na terça-feira na sede ucraniana do grupo, em Kiev.

Um dia depois dessa descoberta, as integrantes do Femen, que denunciaram "uma provocação", anunciaram o fechamento da sede.

Por sua vez, a polícia de Kiev enfatizou neste sábado que as militantes estão implicadas nesse caso somente como testemunhas e podiam "circular à vontade".

As integrantes ucranianas do Femen estão há várias semanas na mira das forças da ordem na Ucrânia. Três militantes que se preparavam para manifestar contra a visita do presidente Vladimir Putin no fim de julho haviam sido interrogadas em Kiev e Anna Gutsol havia sido agredida. Elas acusaram os serviços especiais russos e ucranianos de estarem por trás do incidente.

O movimento Femen, fundado na Ucrânia mas atualmente sediado em Paris, conduz há vários anos ações em todo o mundo para denunciar o sexismo e as discriminações contra as mulheres: suas integrantes aparecem de maneira repentina, com os seios nus e o corpo coberto de inscrições, para chamar a atenção.

O grupo também denuncia a homofobia, a proximidade entre o Estado e a Igreja, os regimes autoritários e as fraudes nas eleições.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.