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Bulgária/eleições

Conservadores são favoritos para vencer eleições na Bulgária

Cerca de 6 milhões de búlgaros foram convocados às urnas neste domingo para as eleições legislativas antecipadas. O partido conservador do ex-primeiro-ministro Boiko Borissov é o favorito segundo as sondagens, mas não deve obter a maioria suficiente no parlamento para formar um governo o que pode levar o país a um impasse político.

Eleitores votam em Sofia nas eleições legislativas deste domingo, 12 de maio de 2013.
Eleitores votam em Sofia nas eleições legislativas deste domingo, 12 de maio de 2013. REUTERS/Stoyan Nenov
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As eleições na Bulgárias foram antecipadas depois que intensas manifestações de protesto pelo preço elevado da energia elétrica obrigaram Borissov a pedir demissão no dia 20 de fevereiro. Mas de acordo com as recentes sondagens, seu partido, o conservador GERB deve vencer a votação com uma ligeira vantagem sobre o partido socialista PSB, formado por ex-comunistas.

A campanha foi marcada por troca de acusações entre conservadores e socialistas sobre um escândalo de escutas ilegais. A decepção dos eleitores com a classe política pode ser traduzida em uma taxa de participação que pode não passar de 50%, segundo pesquisas de opinião.

Além disso, cerca de 20% dos eleitores se mostraram indecisos e não haviam escolhido ainda em quem votar. As sondagens também mostraram uma disposição do eleitorado em aumentar o apoio ao partido de extrema-direita Ataka.

Caso o partido vencedor não consiga a maioria necessária para formar um novo gabinete, o governo provisório dirigido pelo diplomata Marin Raykov deverá ficar no poder até a realização de novas eleições no segundo semestre do ano, um cenário bem provável segundo analistas políticos.

Especialistas temem ainda a volta de uma crise social que explodiu no inverno passado quando milhares de búlgaros foram às ruas para protestar contra o aumento da conta de energia. Em alguns casos, a fatura  mais do que dobrou em janeiro em relação ao mês anterior. Um choque para um país onde o salário mínimo mensal é inferior a 400 euros.

As manifestações espontâneas se transformaram em um protesto mais amplo contra a miséria, o desemprego e as crise econômica e social que atingem a Bulgária. O desespero de muitos cidadãos terminaram em imolações, atos extremos que nunca havia sido registrados antes no país. Seis pessoas morreram ao atear fogo ao próprio corpo.

A demissão do governo antecipou as eleições em dois meses antes da data prevista. No sábado, a procuradoria de Sofia anunciou a apreensão de 350 mil cédulas suspeitas em uma gráfica de uma cidade nos arredores da capital, Sofia. Acusado de envolvimento no caso, o partido conservador GERB negou e disse ser vítima de um complô político.

A organização para a cooperação e a segurança da Europa (OSCE) enviou 200 obervadores para acompanhar a transparência das eleições.

Os primeiros resultados serão divulgados após o fechamento das urnas, previsto para o final da tarde, pelo horário local.
 

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