Comissão Europeia dá recomendação favorável à adesão da Sérvia ao bloco
A Comissão Europeia recomendou nesta segunda-feira, 22 de abril de 2013, a abertura de negociações de adesão à União Europeia com a Sérvia. Essa recomendação, que será estudada pelos governos dos 27 países membros no final de junho, é consequência de um acordo concluído na sexta-feira entre a Sérvia e o Kosovo, que declarou sua independência em 2008.
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O governo de Belgrado aceitou na sexta-feira renunciar ao enclave sob controle da minoria sérvia no norte do Kosovo, região onde a maioria da população é de língua albanesa, em troca de uma autonomia limitada, e não se opor a um eventual pedido de adesão à União Europeia por parte das autoridades de Pristina.
Cerca de cinco mil dos 50 mil sérvios do Kosovo, que prometeram resistir à reintegração, fizeram um protesto nesta segunda-feira em Mitrovica para denunciar essa « traição ». Diante dessa resistência, os europeus pedem que a Sérvia tome medidas concretas até junho.
O acordo traduz uma virada de 180 graus por parte das autoridades sérvias, que até agora se recusavam a reconhecer a soberania de sua antiga província, considerada em Belgrado como o berço da nação e da Igreja ortodoxa sérvias.
O Kosovo fez secessão em 1999 após uma intervenção militar da Otan e desde então já foi reconhecido por mais de 90 países, incluindo os Estados Unidos e 22 dos 27 membros da União Europeia.
Se os governos do bloco aprovarem, as negociações de adesão com a Sérvia podem começar antes do final do ano, mas não devem chegar a um resultado antes de 2020.
No meio tempo, a Croácia se tornará – no dia 1° de julho de 2013 – o segundo Estado da antiga Iugoslávia a integrar o bloco europeu, após a Eslovênia em 2004.
O Montenegro também iniciou as negociações com a União Europeia no ano passado e a Macedônia já apresentou sua candidatura.
Bruxelas também defendeu nesta segunda-feira a abertura de negociações para concluir um acordo de associação entre a União Europeia e o Kosovo.
Mas a situação permanece paralisada com a Bósnia, que não tem feito as reformas exigidas por Bruxelas, principalmente no que diz respeito à discriminação das minorias.
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