Com a crise, crianças deixam de ir ao dentista na Itália
Um terço das crianças italianas não vai mais ao dentista por falta de recursos, disse nesta sexta-feira o presidente do Sindicato das Indústrias de produtos dentários, Gianfranco Berruti. Uma das consequências da crise que preocupa os especialistas no país
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A crise econômica na Itália começa a ter repercussão direta na rotina da população, e os cuidados com a dentição estão sendo deixados em segundo plano. "Geralmente, 90% das crianças e adolescentes com idade até 14 anos precisam usar aparelho. Mas infelizmente, desde 2012, a demanda já diminuiu 40%", disse Antonella Polimeni, diretora do Departamento de Ciências Dentárias da Universidade de Roma, La Sapienza.
Os dados foram apresentados durante o Congresso "A Crise apaga o sorriso dos italianos." Segundo informações do documento, os pedidos de atendimento em hospitais públicos aumentaram 20% em 2012. ‘’Isso representa um grande problema para os hospitais de um país onde, de uma maneira geral, 90 a 95% das consultas e tratamentos são realizados em clínicas particulares’’, disse a diretora.
Um aparelho dentário e um tratamento para uma criança custa em média de 4500 a 6 mil euros, um custo muito elevado para a maioria das famílias italianas. “É uma pena que as famílias não entendam que o mais importante é a prevenção : cuidar dos dentes não é apenas uma questão estética, mas de saúde’’, alerta a especialista. Para evitar que a situação se torne mais grave, os participantes do Congresso vão pedir às autoridades que adotem medidas para facilitar o acesso da população aos tratamentos dentários. Uma das ideias é subvencionar parte dos gastos, e deduzi-los do imposto de renda
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