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Itália/eleições

Ativistas do Femen protestam durante voto de Berlusconi na Itália

As ativistas do grupo que nasceu na Ucrânia, parcialmente nuas, foram detidas antes de se aproximarem do ex-premiê, que votava em Milão. Mais de 47 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo e segunda na Itália para escolher os novos representantes do Parlamento. De acordo com as primeiras estimativas, a taxa de participação, até às 13h, já era mais baixa do que em 2008.

Polícia italiana prende ativistas do Femen, que protestaram durante voto de Silvio Berlusconi
Polícia italiana prende ativistas do Femen, que protestaram durante voto de Silvio Berlusconi Foto: Reuters
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No início da tarde, a taxa de participação nas eleições legislativas na Itália estava em torno de 15%, o que representa uma diminuição de 1% em relação às eleições precedentes, em 2008. A votação se encerra às 21h (GMT) neste domingo e continua amanhã

A maioria dos candidatos já votou neste domingo. O ex-premiê Berlusconi foi alvo de um protesto quando se preparava para colocar sua cédula na urna em Milão. Um grupo de três feministas do grupo Femen, parcialmente nuas, escreveu no peito e nas costas os dizeres ‘Basta Silvio’, mas foram detidas antes mesmo de se aproximarem do líder da direita italiana. As manifestantes publicaram a foto da ação policial no Facebook. Em um comunicado, as ativistas disseram ter a intenção de "alertar o povo italiano."

Mario Monti foi o primeiro a votar, também em Milão, seguido do favorito, o candidato do Partido Democrata e da coalizão de esquerda, Pier Luigi Bersani. Ele  teria cerca de 34% das intenções de voto de acordo com as últimas sondagens. A coalizão de centro, liderada pelo chefe de governo Mario Monti, teria entre 10% e 12% dos votos, o grupo de centro-direita de Silvio Berlusconi,  30%, e o ex-comediante Beppe Grillo, considerado como a grande surpresa dessa eleição, que teria 17% dos votos.

Governabilidade na Itália preocupa mercado financeiro

A principal preocupação dos europeus agora é a respeito da estabilidade do futuro governo italiano. Mesmo que Bersani tenha chances de obter a maioria absoluta na Câmara dos Deputados, a situação é mais complexa no Senado, onde tudo depende da representatividade das coalizões em cada região. A Lombardia, que hoje também escolhe seu novo presidente, é fundamental.

Caso haja uma maioria diferente na Câmara e no Senado, a situação política se torna crítica, paralisando a votação de emendas, e projetos de lei se torna praticamente inviável. O temor dos mercados é a derrocada ainda maior de uma economia já fragilizada pelas consequências da crise dos déficits. Atualmente, a taxa de desemprego da população ativa da Itália é de 11%, e sobe para 37% entre os jovens de menos de 25 anos.

 

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