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Grécia/Alemanha

Clima de tensão marca visita de Angela Merkel a Atenas

A chanceler alemã desembarca em Atenas nessa terça-feira protegida por um forte esquema de segurança. Milhares de policiais foram mobilizados para evitar protestos contra a passagem de Angela Merkel pela capital grega e parte do acesso ao centro da cidade será fechado para pedestres. Essa é a primeira visita da representante de Berlim ao país desde o início da crise da dívida, em 2010. Várias manifestações diante do Parlamento grego foram registradas já na noite de segunda-feira. 

Faixas de protesto com a frase "Angela, não chore", foram colocas em frente ao parlamento grego  na véspera da visita da chanceler alemã a Atenas.
Faixas de protesto com a frase "Angela, não chore", foram colocas em frente ao parlamento grego na véspera da visita da chanceler alemã a Atenas. REUTERS/Yannis Behrakis
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Cerca de 6500 policiais e membros da brigada de choque grega estarão nas ruas de Atenas nessa terça-feira para garantir a segurança durante a visita da chanceler alemã Angela Merkel. O centro da cidade será fechado aos pedestres e um helicóptero deve sobrevoar a capital grega o dia todo.

A polícia já avisou que “todas as manifestações públicas serão proibidas entre 9h e 22h nos bairros do centro, zona que inclui a embaixada alemã, o Parlamento grego e os palácios do governo”. As escolas situadas na região serão fechadas e cinco canhões de água serão instalados para conter os possíveis manifestantes. Cerca de 300 homens também devem proteger o litoral.

No entanto, o dispositivo de segurança não parece ter dissuadido os opositores. O partido da esquerda radical Syriza e os sindicatos convocaram uma manifestação próximo à praça Syntagma, no centro da cidade. “O povo grego dará uma resposta pacífica e popular. Será uma mensagem da democracia”, declarou Alexis Tsipras, chefe do partido, que critica Angela Merkel pelo apoio dado ao governo de coalizão em vigor na Grécia.

Na noite de segunda-feira mensagens hostis à visita da representante de Berlim já podiam ser vistas nas ruas da cidade. Faixas com os dizeres “Não chore Angela” podiam ser vistas praticamente em frente ao prédio do Parlamento.

Essa é a primeira visita da chanceler alemã a Atenas desde o início da crise da dívida em 2010. A esquerda grega e os partidos da direita nacionalista acusam a política de rigor imposta por Angela Merkel, em nome da estabilidade europeia, de ser a responsável pela recessão que o país atravessa pelo quinto ano consecutivo.

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