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Itália/Crise

Senado italiano adota plano de austeridade

O Senado italiano adotou nesta sexta-feira, 11 de novembro, as medidas de austeridade exigidas pela União Europeia para o país enfrentar a crise das dívidas. Roma espera com isso tranquilizar os mercados financeiros antes da saída do primeiro-ministro Silvio Berlusconi do poder. Amanhã, a proposta segue para a Câmara e, se for aprovada, poderá significar a nomeação de um novo governo na Itália, comandado pelo economista Mario Monti.

A entrada de Mario Monti (e) no Senado italiano foi aplaudida nesta sexta-feira.
A entrada de Mario Monti (e) no Senado italiano foi aplaudida nesta sexta-feira. Reuters
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Um dia depois de ter sido nomeado senador vitalício pelo presidente Giorgio Napolitano, o ex-comissário europeu Mario Monti, indicado pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, como o melhor nome para sucedê-lo, participou da votação. A medida foi vista como uma estratégia para promover o nome de Monti e preparar o terreno para que ele assuma a presidência do Conselho da Itália no lugar do atual primeiro-ministro.

Monti foi aplaudido pelos senadores ao entrar na sala para a votação, que ocorreu sem tumultos. A oposição de esquerda e os centristas se abstiveram para não bloquear o voto, o que foi visto como um sinal de boa vontade dos parlamentares.

Na terça-feira, Berlusconi prometeu deixar o poder assim que o pacote de medidas econômicas for aprovado, ou seja, a demissão pode acontecer a partir deste sábado, quando a Câmara dos Deputados finalizar a votação do projeto. Neste caso, Napolitano já poderia nomear imediatamente Monti para ocupar o cargo e encarregá-lo de formar um novo governo.

Missão difícil para Monti

O respeitado economista de 68 anos, conhecido no cenário internacional, terá a difícil missão de garantir aos mercados financeiros que a Itália não caminha para o mesmo destino que a Grécia, que corre o risco de ir à falência devido ao déficit e às dívidas. A expectativa é que o novo governo seja anunciado já no domingo, antes da reabertura das bolsas mundiais, na segunda-feira.

Monti deve contar com o apoio dos centristas e do Partido Democrático, o principal da oposição, enquanto o PDL, de Silvio Berlusconi, ainda discute como vai se portar face ao futuro governo. Já a Liga Norte, o partido mais à direita e principal aliado do PDL, anunciou que fará oposição a Monti.

 

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