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Grécia/Europa

França e Alemanha vêem transição na Grécia com otimismo

O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler Angela Merkel garantiram o apoio ao governo grego depois da nomeação do novo chefe de governo, o ex-vice presidente do Banco Central Europeu Lucas Papademos. Ele prestou juramento nesta sexta-feira, ao meio-dia, se comprometendo a adotar as medidas necessárias para a aplicação do plano europeu de ajuda ao país.

Lucas Papademos, o novo primeiro-ministro grego, presta juramento nesta sexta-feira.
Lucas Papademos, o novo primeiro-ministro grego, presta juramento nesta sexta-feira.
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O presidente francês Nicolas Sarkozy enviou uma carta ao novo primeiro-ministro, garantindo o apoio da França às reformas no país. "Nesse período crucial, onde tantas questões estão em jogo, tenho certeza de todas as medidas necessárias serão tomadas para que a Grécia continue exercendo uma papel importante em uma Europa unida", declarou. A chanceler alemã Angela Merkel, que no início chegou a mencionar a saída da Grécia da zona do euro, também assegurou que a Alemanha irá apoiar o governo e a população "nesses tempos difíceis."

O novo governo de coalizão grego, formado nesta sexta-feira, terá a difícil tarefa de dar ao início ao processo de estabilização econômica do país, que enfrenta a maior recessão da história da zona do euro. O novo primeiro-ministro, Lucas Papademos, e seu gabinete, prestaram juramento na residência principal do presidente, Karoulos Papoulia, durante uma cerimônia ortodoxa presidida pelo Monsenhor Iéronymos, transmitida ao vivo pela TV pública. Na Grécia, não existe a separação entre estado e igreja.

A nova equipe, formada por 47 pessoas, terá a participação de membros da extrema-direita, que se uniu à aliança formada pelos socialistas, representada pelo ex-primeiro ministro Georges Papandreou, e a direita conservadora, liderada por Antonis Samaras. O novo ministro do Transporte, Makis Voridis, é conhecido pela sua proximidade com o partido francês Frente Nacional, de Marine Le Pen.

O partido comunista e outros partidos de esquerda se recusaram a participar do novo governo. O ministro das finanças Evangelos Venizelos continuará no cargo, e também ocupará a função de vice primeiro-ministro. Mas apesar da ascensão da direita, entre os 17 ministros, 14 são socialistas. O novo governo se compromete a implantar o pacote europeu votado na dia 26 de outubro, que prevê empréstimos de 130 bilhões de euros e o perdão de 50% da dívida soberana é primordial para evitar a moratória do país.
 

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