Buscas por desaparecidos após ataques são encerradas na Noruega

A polícia norueguesa deu como encerradas as buscas por desaparecidos ao redor da ilha de Utoya, onde na sexta-feira um extremista de direita matou a tiros 68 pessoas. As autoridades não informaram se o número de vítimas da tragédia permanece o mesmo.

Imagem de vítimas do massacre na Noroega foram divulgadas. Reuters/ RFI

Os policiais também não deram detalhes sobre os resultados das buscas na sede do governo norueguês, onde o terrorista explodiu um carro-bomba que causou a morte de oito pessoas. No final de semana, as equipes de busca haviam divulgado que havia “um número indeterminado de desaparecidos” após os atentados.

A polícia anunciou ainda que vai ouvir amanhã, mais uma vez, o norueguês que confessou os ataques, Anders Breivik. Enquanto isso, Tor Aksel Busch, procurador do rei – a mais alta autoridade do Ministério Público na Noruega -, disse que o processo contra Breivik só deve ter início em 2012, quando acabarem as investigações sobre o caso.

Nesta quinta-feira, um jornal do país conta que as primeiras palavras de Breivik, logo depois de ser detido por policiais na ilha de Utoya, foram "eu terminei". Desde junho de 2010, o extremista católico era membro de um clube de tiro, em Oslo, onde participou de 13 treinamentos e uma competição esportiva.

As autoridades norueguesas decidiram contratar uma centena de policiais e revisar as medidas de segurança em vigor no país, após o duplo atentado que matou 76 pessoas na última sexta-feira em Oslo e na ilha de Utoya. A polícia e os serviços de inteligência noruegueses vêm sendo criticados pela população, por ter demorado mais de uma hora para chegar à ilha de Utoya e controlar o atirador, e por subestimar a ameaça terrorista de extrema-direita.

O primeiro-ministro Jens Stoltenberg anunciou a criação de uma comissão independente para avaliar eventuais falhas implicadas no duplo ataque. Especialistas em terrorismo da União Europeia e da Noruega fizeram uma reunião na manhã de hoje, em Bruxelas, para avaliar os meios que o bloco dispõe para evitar novos ataques.