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25 anos/ chernobyl

Acidente nuclear de Chernobyl completa 25 anos hoje

O mundo comemora nesta terça-feira um triste aniversário: os 25 anos do maior acidente nuclear da história, o de Chernobyl, no norte da Ucrânia. O reator número 4 da usina explodiu durante um teste de segurança e lançou elementos radioativos na atmosfera de uma intensidade comparável a 200 bombas atômicas de Hiroshima.

Homem homenageia mortos pela tragédia de Chernobyl, em cerimônia realizada na cidade de Krasnoyarsk.
Homem homenageia mortos pela tragédia de Chernobyl, em cerimônia realizada na cidade de Krasnoyarsk.
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A contaminação se espalhou por boa parte da Europa.O número de mortos ainda gera muita polêmica. O comitê científico da ONU reconhece a morte de 31 funcionários e bombeiros atingidos pela radiação. A ONG ecologista Greenpeace aponta pelo menos 100 mil mortos. Os 50 mil de habitantes de Pripiat, a cidade mais próxima à central, tiveram de deixar suas casas temendo os efeitos da radiação. Em um raio de 30 quilômetros, a região se transformou em uma cidade-fantasma.

Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev e da Ucrânia, Viktor Ianoukovitch, participam da lembrança do acidente no local da tragédia, que na época, fazia parte da extinta União Soviética. Hoje o Kremlin anunciou que durante a próxima reunião do G8, em maio, Medvedev vai pedir aos líderes dos países mais desenvolvidos do mundo propostas para melhorar a segurança nuclear. Na semana passada, a comunidade internacional prometeu liberar 550 milhões de euros para a construção de um novo sarcófago de isolamento do reator danificado, medinco 110 metros de altura.

“Durante muito tempo, a Ucrânia esteve sozinha face a essa catástrofe, mas felizmente, hoje não estamos mais”, disse Ianoukovitch. Ontem, Medvedev recebeu sobreviventes da tragédia nuclear e defendeu a transparência em situações de urgência nuclear. “Eu acho que o nosso país deve aprender as lições dos acontecimentos – sobre o acidente de Chernobyl, já afastado no tempo, e sobre a tragédia recente no Japão. Talvez a lição mais importante seja a necessidade de dizer a verdade para a população”, afirmou o presidente russo.

No Japão, o governo voltou a dizer que os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima são diferentes. Segundo as autoridades, a quantidade de radioatividade lançada por Fukushima foi de um décimo comparada com a da central ucraniana.
 

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