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Itália/Imigração

Naufrágio perto de Lampedusa deixa mais de 130 imigrantes africanos desaparecidos

Pelo menos 15 imigrantes originários da Somália e da Eritreia morreram no naufrágio de um barco que havia partido da Líbia em direção à ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo, com 200 pessoas a bordo, 300 segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM). Devido ao mau tempo durante a travessia, o barco naufragou durante a madrugada a 65 km de Lampedusa.

Policiais italianos transportam sobrevivente do naufrágio.
Policiais italianos transportam sobrevivente do naufrágio. REUTERS/Vincenzo Tersigni
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O barco havia deixado a Líbia há dois dias e foi surpreendido por ventos fortes e mar agitado quando se aproximava da ilha de Lampedusa. A guarda costeira italiana foi alertada sobre as dificuldades, mas quando chegou ao local a embarcação já estava à deriva e em situação grave. Por causa da tempestade e de uma agitação dentro do barco, várias pessoas caíram no mar.

Além de três lanchas, helicópteros e um avião participaram da operação de resgate dos imigrantes. Os policiais italianos conseguiram resgatar 47 pessoas com vida, entre elas várias mulheres e crianças. No início da tarde, três imigrantes chegaram à Lampedusa a nado. Pelo menos 130 passageiros continuam desaparecidos. 

Fluxo migratório do norte da África cria tensão entre europeus

Desde janeiro, 22 mil imigrantes originários de países do norte da África desembarcaram em Lampedusa, a 150 km da costa tunisiana. Esse afluxo intensivo de imigrantes gerou uma situação de crise na Itália. O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, tem feito apelos à Tunísia e à União Europeia para ajudá-lo a conter essa imigração. 

Berlusconi vai se reunir com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no dia 26 de março, para discutir alternativas a essa crise humanitária. O governo italiano teria feito um acordo verbal com autoridades da Tunísia para conceder 20 mil vistos temporários de residência. A Itália, principal porta de entrada da Europa para clandestinos do norte da África, critica a França por fechar suas fronteiras aos imigrantes.
 

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