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Bélgica/Eleições

Separatistas têm vitória histórica na Bélgica

Segundo resultado oficial, o partido N-VA, Nova Aliança Flamenga, elegeu 27 dos 150 deputados do parlamento belga nas eleições legislativas de domingo. O N-VA, liderado por Bart de Wever, propõe a divisão gradual da Bélgica. No entanto, o partido deverá fazer compromissos com outros partidos para reformar o Estado belga e equilibrar as finanças públicas.

Bart de Wever, líder da Nova Aliança Flamenga, comemora a vitória nas eleições legislativas da  Bélgica.
Bart de Wever, líder da Nova Aliança Flamenga, comemora a vitória nas eleições legislativas da Bélgica. Reuters
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A vitória histórica do partido separatista Nova Aliança Flamenga (N-VA) deve agravar ainda mais a crise política belga. O vencedor N-VA defende a gradual dissolução da Bélgica e a independência da rica região de Flandres, ao norte do país. Com dez anos de existência, o partido tinha uma bancada de apenas sete deputados.

O eleitorado flamengo representa 60% da população do país. Além do N-VA, o desempenho de dois outros partidos separatistas flamengos, o Vlaams Belang, de extrema-direita, e o partido populista Lista de Decker, alcançou 45% o total de votos.

02:17

Letícia Fonseca , correpondente da RFI em Bruxelas.

Esses resultados dão ao líder do N-VA, Bart de Wever as maiores chances para assumir o cargo de futuro primeiro-ministro belga. Ao comentar sua vitória De Wever afirmou “os resultados não significam o fim da Bélgica, mas sim uma evolução, onde o país poderá se desdobrar em duas democracias completas”.

Durante a campanha, De Wever, que prevê a dissolução progressiva da Bélgica, disse estar aberto para que um candidato francófono seja primeiro-ministro, desde que isto signifique maior autonomia para a região de Flandres. Neste caso, o candidato francófono mais provável seria o líder do Partido Socialista Elio di Rupo, que foi principal vencedor das urnas na Valônia, sul do país. Seu partido conquistou 26 cadeiras no parlamento.

Especialistas acreditam que a formação de um governo de coalizão será uma tarefa árdua. Nas últimas eleições, há três anos, foram necessários nove meses para um acordo entre francófonos e flamengos. Sem governo, a Bélgica dificilmente poderá assumir a presidência rotativa da União Européia no próximo mês.
 

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