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F1/Senna

Jornalista francês, amigo de Senna, diz que 25 anos depois piloto continua presente na F1

A imprensa francesa desta quarta-feira (1) lembra os 25 anos de morte do piloto brasileiro Ayrton Senna. Rádios, TVs e jornais relembram a carreira do tricampeão de Formula 1 que teve a vida drasticamente interrompida em uma curva do circuito de Ímola, na Itália, em 1° de maio de 1994. Em entrevista a rádio pública France Info, o jornalista francês Lionel Froissard, que era amigo de Senna, diz que o piloto , se transformou em “uma lenda e é imortal” nos circuitos de Fórmula 1.

O piloto brasileiro Ayrton Senna em 1° de janeiro de 1994.
O piloto brasileiro Ayrton Senna em 1° de janeiro de 1994. Mike Hewitt /Getty Images Sport
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Lionel Froissard trabalhava em 1994 para o jornal Libération e lembra que Ayrton Senna era seu amigo. O jornalista continua a cobrir a F1 e garante que, 25 anos depois da morte do piloto, o brasileiro continua presente em todos os circuitos. “A cada grande prêmio, mesmo que seja de maneira despretensiosa, há sempre uma referência ao Senna, que seja uma bandeira, uma camiseta, alguém que fala dele. Como o britânico Hamilton, para quem ele era um modelo, um ídolo”, revela Froissard.

Para o jornalista francês, essa lembrança persistente, essa imortalidade, vai muito além do fato dele ser tricampeão e multivencedor: “Teve evidentemente a disputa com Alain Prost, que contribuiu muito para a sua notoriedade, mas a personalidade de Senna faz com que a gente fale dele ainda hoje e isso vai continuar, sem dúvida, o tempo que o esporte automobilístico e a F1 continuarem”, acredita.

Rivalidade com Prost

Além da lenda Senna, a mídia francesa também ressalta a rivalidade entre o brasileiro e o piloto Alain Prost, que é entrevistado por vários veículos. Em entrevista também à France Info, o francês faz uma homenagem a Senna. Prost diz que os dois ficaram próximos depois que ele se aposentou em 1993 e que sem querer construíram algo incrível juntos : "Hoje, 25 anos depois, onde quer que você esteja, em qualquer país do mundo, quando você fala de Senna você pensa automaticamente em Prost e vice-versa”.

O duelo dos dois pilotos realmente marcou a F1, concorda Lionel Froissard. “O que fez a força desse duelo foi que quando Senna chegou na F1, em 1984, a referência dele era Alain Prost. Ele conhecia perfeitamente o esporte automobilístico, sabia que Alain Prost era o melhor e que para vencer tinha que superá-lo”. O jornalista avalia que as pessoas se enganam quando criticam negativamente este duelo e pensam que havia hostilidade entre os dois pilotos. “Não tinha animosidade nenhuma entre Senna e Prost. Senna sabia simplesmente que para ser o melhor, ele tinha que derrotar Prost. A referência absoluta dele era o Alain”.

Froissard lembra que Ayrton Senna ficou completamente perdido, em 1993, quando Prost anunciou que deixaria as pistas no GP de Portugal. “No dia seguinte do anúncio oficial da aposentadoria de Prost, tivemos um encontro na casa dele em Portugal. Ayrton Senna não estava desamparado, mas estava um pouco perdido. Ele perdia sua diretriz e não sabia muito contra quem passaria a duelar”, indicou.

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