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Seleção feminina dos EUA processa Federação de Futebol por diferença salarial

A seleção feminina dos Estados Unidos deu entrada nesta sexta-feira (8) em um processo contra a Federação de Futebol, US Soccer (USSF), três meses antes da disputa da Copa do Mundo da França. As 28 integrantes da delegação assinaram o processo apresentado em uma corte federal em Los Angeles no qual exigem igualdade salarial e as mesmas condições de trabalho que a equipe masculina.

Jogadoras recebem menos que seus colegas
Jogadoras recebem menos que seus colegas AFP
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As meio-campo Carli Lloyd e Megan Rapinoe, que fizeram parte da equipe campeã mundial no Canadá há quatro anos e que seguem integrando a seleção dos EUA, são duas das que assinaram o processo contra a Federação.

"Apesar do fato de que os jogadores femininos e masculinos devam realizar as mesmas tarefas e têm as mesmas responsabilidades para seu único empregador comum, isto é, a USSF, as jogadoras receberam constantemente menos dinheiro do que seus colegas masculinos", diz o processo.

"Isso é real, apesar de seu desempenho ter sido superior ao dos homens (...), tornando-se campeãs mundiais", acrescentou. A seleção feminina conquistou o Mundial três vezes: a primeira edição em 1991 na China, em 1999 quando os Estados Unidos foram o país-sede e no Canadá em 2015.

A seleção masculina, ao contrário, só conseguiu chegar às semifinais no Uruguai em 1930, e terminou em terceiro. Seu melhor desempenho desde então foram as quartas de final na Coreia do Sul e Japão em 2002.

Melhores resultados

Os homens nem sequer conseguiram se classificar para a Copa da Rússia de 2018. "A USSF não conseguiu promover a igualdade de gênero", afirmaram as mulheres no processo. "Se negou obstinadamente a tratar suas funcionárias, que são membros da equipe nacional feminina, de maneira igual a seus funcionários homens”, diz o documento.

"A USSF admitiu que paga menos suas jogadoras e chegou a afirmar que 'as realidades do mercado são tais que as mulheres não merecem receber igual aos homens'. A USSF admite tal discriminação de gênero intencional inclusive em momentos em que as mulheres ‘obtiveram mais lucros, jogaram mais partidas, venceram mais, ganharam mais campeonatos e/ou obtiveram audiências televisivas mais altas’”, afirma o processo.

A seleção feminina americana vai defender seu título mundial no torneio que será disputado na França de 7 de junho a 7 de julho. Na fase inicial o time vai enfrentar no Grupo F a Tailândia, o Chile e a Suécia.

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