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“Brasil é um dos postulantes ao título", diz Tite na véspera de estreia na Copa

Na entrevista realizada neste sábado (16), em Rostov-on-Don, a última antes da seleção brasileira estrear no Mundial da Rússia, o treinador Tite confessou estar contente com o resultado realizado até agora à frente da equipe e considera que o Brasil está preparado para o desafio do hexa.

O treinador da seleção brasileira, Tite.
O treinador da seleção brasileira, Tite. Foto: Reuters
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Do enviado especial a Rostov-On-Don

Com exceção de Fred, que se recupera de uma lesão, todos os demais jogadores estão preparados para a competição. Até mesmo Neymar, que segundo Tite “não está 100%”, mas que tem mostrado um poder de recuperação acima do esperado pela comissão técnica.

A expectativa da delegação é de que o número 10 esteja totalmente recuperado e com seu potencial máximo no decorrer da competição.  

Primeira seleção a se classificar para a Copa durante as eliminatórias, o Brasil chegou à Rússia na condição de favorita pelo retrospecto muito positivo demonstrado pelo grupo em 21 jogos sob o comando de Tite.

Com apenas uma derrota, para a Argentina em um amistoso, e só deixando de marcar gols em apenas três jogos, a equipe construiu um estilo de jogo que se deve muito à maneira como o técnico e sua equipe lidaram com as características e conviveram com os jogadores.

Marcelo, escolhido para iniciar a Copa como capitão da equipe, destacou as mudanças implementadas por Tite que trouxeram tranquilidade ao elenco. “O professor mudou a cara da seleção. Ele passa tudo ‘mastigadinho’, é mais fácil de entender o método”, destacou o lateral esquerdo que participa de sua segunda Copa.

O clima no interior do grupo é de uma ‘família” que sabe dividir responsabilidades e de dividir a liderança.  

Para Marcelo, o planejamento de Tite e da comissão técnica foi “perfeito”, principalmente ao equilibrar as exigências da concentração com a relação de proximidade com os familiares. “Estamos mais felizes perto da família, ter tirado o foco na concentração foi fundamental”, acrescentou.

O capitão Marcelo e o treinador Tite durante a entrevista coletiva em Rostov-On-Don neste sábado, 18.06.18
O capitão Marcelo e o treinador Tite durante a entrevista coletiva em Rostov-On-Don neste sábado, 18.06.18 Foto: Reuters

Planejamento

A liberdade aos jogadores nos horários de lazer compensaram as exigências do treinador para o grupo alcançar o que chama de “alto desempenho, perto da excelência”. Três lemas guiaram seu trabalho com o grupo: mentalmente forte, concentração competitiva e preparação para qualquer tipo de jogo. “Eles já não aguentam mais eu falar isso”, brincou na entrevista realizada depois do treino na Arena, aberta apenas 15 minutos para a imprensa.

Ao entrar em detalhes do planejamento técnico e tático, Tite recorreu várias vezes ao seu assistente Cleber Xavier, que detalhou a preocupação em adaptar as características dos jogadores no clube para a seleção. “A condição técnica deles é muito alto, é indiscutível, mas a parte tática é diferente nos clubes e na seleção. Cada jogo a gente teve que trabalhar e ajustar”, explicou.

Estreia com tranquilidade

Na entrevista, Cleber e Tite destacaram a evolução da Suíça desde a classificação da seleção europeia e os pontos fortes da equipe que se classificou perdendo apenas uma partida. “É uma equipe que defende bem e sai em velocidade. É talvez a mais forte que vamos enfrentar”, observou.

O objetivo é estrear com vitória, mas no formato da fase de grupos, Tite lembrou que equipes se classificaram até com cinco ou seis pontos, buscando tirar a pressão sobre o resultado da estreia.

Sua maior preocupação é fazer com que a seleção jogue com a mesma tranquilidade que demonstrou ao longo desses quase dois anos à frente da equipe, seja em jogos oficiais ou amistosos.    

 embrado de que atualmente é considerado uma unanimidade pelos brasileiros, satisfeitos pela confiança e autoestima que devolveu à seleção, Tite relativiza os elogios e a imagem cultivada.

“Não sou unanimidade. Isso não me envaidece. Muitas pessoas criticam meu trabalho”, argumentou.

O mérito, insiste, é a relação de confiança estabelecida entre comissão técnica e os 23 jogadores de altíssimo nível escolhidos para representar o país na Copa: “Nossa equipe é forte, competitiva, com qualidade técnica e individual. É uma das equipes postulantes ao título”, resumiu.

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