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Linha Direta

Alemanha vê seleção de Tite com respeito e deixa 7 a 1 no passado

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A seleção brasileira de futebol vai enfrentar nesta terça-feira (27) a Alemanha, no último amistoso da equipe antes da convocação para a Copa do Mundo da Rússia. A partida será realizada no estádio Olímpico de Berlim e está marcada para as 15h45, no horário de Brasília. Este será o primeiro encontro entre os dois times depois da fatídica goleada por 7 a 1, na semifinal do Mundial de 2014.

Treino da seleção brasileira no estádio Olímpico de Berlim.
Treino da seleção brasileira no estádio Olímpico de Berlim. Reuters
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Tiago Leme, em Berlim

A goleada histórica no Mineirão tem sido abordada muito mais pelos jornalistas brasileiros do que pelos próprios alemães. Tanto em conversas nas ruas com moradores de Berlim, quanto nas entrevistas coletivas do treinador e dos jogadores da Alemanha, as declarações são de total respeito pelo Brasil, deixando claro que aquela partida já ficou no passado. O técnico Joachim Low, inclusive, fez questão de elogiar o trabalho de Tite e afirmou que o futebol da seleção brasileira evoluiu bastante nos últimos quatro anos, que hoje tem uma nova mentalidade.

Na entrevista na véspera do jogo, o técnico Tite foi questionado sobre o 7 a 1 e citou a importância psicológica de enfrentar a Alemanha agora, antes da Copa de 2018.

“Imagina eu respondendo todas essas perguntas em um jogo de Copa do Mundo, o quanto ia se potencializar. É importante para nós, como maturidade da equipe, fazer esse enfrentamento antes. Eu carrego o fantasminha desse resultado de 7 a 1 desde o último resultado, ele está todo dia aqui. Todo dia fica lembrando. Eu já convivi com ele, estou convivendo com ele e amanhã [nesta terça-feira] vai ter condição de a gente passar mais uma etapa”.

Poucos remanescentes da seleção campeã no Brasil

Os dois times mudaram muito desde aquele jogo de 2014. Na seleção brasileira, apenas dois titulares do 7 a 1 começarão jogando o amistoso de hoje: o lateral Marcelo e o meio-campista Fernandinho. Além deles, do time atual, Paulinho e Willian também atuaram contra a Alemanha em 2014, mas começaram no banco e entraram durante a partida. Já Daniel Alves, que será o capitão hoje, e Thiago Silva também estavam no elenco do Mundial, mas o primeiro foi reserva naquela semifinal e o segundo estava suspenso.

Na seleção da Alemanha, Özil e Thomas Müller, que se destacaram naquele 7 a 1, ganharam folga agora e não jogarão hoje. Com isso, o zagueiro Boateng e talvez o volante Khedira, que ainda não tem presença certa, serão os únicos remanescentes daquela goleada no duelo desta terça. Os alemães obviamente tratam esse amistoso como um jogo importante entre duas grandes seleções, mas deixam claro que o foco é na Copa do Mundo que começa em junho, daqui a menos de três meses.

Disputa de vagas na seleção brasileira

Seis ou sete vagas estão abertas na lista final de 23 convocados para o Mundial na Rússia. Alguns jogadores que estão em Berlim como Fagner, Rodrigo Caio, Geromel, Taison e Douglas Costa, por exemplo, ainda não têm presença garantida na lista que será divulgada no começo do mês de maio. Além da participação nos amistosos da seleção, o desempenho deles em seus clubes também será avaliado pela comissão técnica. E, além desta briga, o técnico Tite explicou que também está aberta a disputa por posições no time titular.

“Há disputas dentro da equipe, algumas mais acirradas pela titularidade, outras por convocação. Ederson está crescendo muito e botando pressão em alto nível com Alisson. O terceiro está aberto. Os três zagueiros, um é melhor do que o outro. Marquinhos, Thiago e Miranda. Há uma briga por titularidade e um fio de cabelo pode determinar. Coerência. Fernandinho no setor de meio-campo como um articulador, construtor, porque tem características para tal, vai competir com Paulinho, que compete com Casemiro, com Coutinho por dentro. Willian com Coutinho e Neymar botando pressão", explicou o treinador brasileiro.

Ausência de Neymar

Assim como já tinha acontecido na semifinal da Copa de 2014, a principal estrela da seleção, Neymar, novamente não vai enfrentar os alemães por causa de uma lesão, desta vez uma fratura no quinto metatarso do pé direito. O craque do Paris Saint-Germain só deve voltar a atuar em maio, um mês antes do início da Copa do Mundo. De qualquer forma, o Brasil atual é mais forte coletivamente do que aquele time de quatro anos atrás.

O amistoso em Berlim é um teste importante para ver o potencial da equipe, sem Neymar e contra um adversário que será um forte concorrente na disputa do título mundial na Rússia.

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