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PSG/Neymar

Neymar: nota 10 e vaias na goleada do PSG sobre Dijon

Na resenha da imprensa francesa desta quinta-feira: o Show de Neymar no jogo do PSG contra o Dijon, na noite de ontem no estádio Parque dos Príncipes, em Paris. O atacante brasileiro marcou 4 dos oito gols do clube parisiense, mas foi vaiado pelos torcedores por bater um pênalti e adiar o recorde de gols do companheiro uruguaio Cavani no clube.

Capa do jornal francês L'Equipe desta quinta-feira traz em manchete o "show do Neymar" no jogo PSG x Dijon (8-0).
Capa do jornal francês L'Equipe desta quinta-feira traz em manchete o "show do Neymar" no jogo PSG x Dijon (8-0). Reprodução
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Neymar e o PSG brilharam, escreve Le Figaro. O jornal conservador diz que os parisienses deram um grande espetáculo e que a estrela da noite foi o atacante brasileiro que também fez dois passes decisivos. Os outros gols da partida foram marcados por Dí Maria, duas vezes, o prodígio Mbappé e Cavani. O atacante uruguaio soma agora 156 gols gols pelo PSG e empata com Ibrahimovic, que detinha o recorde do clube.

Cavani poderia ter superado esse recorde na noite se ontem, se Neymar o tivesse deixado bater um pênalti, provocado pelo uruguaio, nos minutos finais do jogo e por isso foi vaiado pela torcida.

L'Equipe vê nesse gesto um resquício do caso “penaltygate” que envolveu os dois jogadores no início da temporada, logo após a chegada de Neymar ao clube.

Deixar Cavani cobrar o pênalti, teria sido natural, mas Neymar, talvez sem saber do possível recorde e envolvido de corpo e alma no seu “one-man show”, passou na frente do atacante uruguaio e cobrou, relatou o jornal esportivo.

Essa foi com certeza a primeira vez que um jogador autor de quatro gols foi vaiado no Parque dos Príncipes, um cenário histórico como o jogo de ontem. Foi a maior vitória do PSG jogando em casa, destaca o texto.

Nota 10

L'Equipe não poupa elogios a Neymar nesse resultado. O brasileiro fez um jogo sublime. Não foi à toa que o atacante brasileiro foi considerado o melhor em campo, com uma “excepcional” nota 10, atribuída apenas sete vezes pelo jornal a um jogador atuando no futebol francês. "É por esses momentos de graça, por esse tipo de sequências de passes deslumbrantes que o brasileiro vale 222 milhões de euros. No mundo, só deve existir três ou quatro jogadores capazes de fazer o que o atacante fez contra Dijon”, comenta o diário especializado.

Além dos gols e passes decisivos, ele deu a "impressão deliciosa" de que cada gesto era determinante. Essa foi sem dúvida a exibição mais incrível de Neymar desde que ele chegou ao PSG, escreve L’Équipe. E, portanto, ele ainda sente dores nas costelas que o deixou fora do jogo contra o Nantes, no último final de semana. Até o pênalti e as vaias, o craque deu um prazer imenso aos torcedores, diz o texto.

O diário também relatou que na saída de campo Neymar se mostrou irritado e deixou o gramado direto para os vestiários, sugerindo que ele não teria suportado as vaias dos torcedores que não aprovaram seu gesto de não deixar Cavani bater o pênalti. Até por este episódio o jogo contra o Dijon será histórico, escreve L’Équipe.

"Uma pena”

Um recital e vaias, escreve em título o jornal Aujourd’hui en France na reportagem ilustrada com uma foto de Neymar se livrando de dois adversários no jogo contra o Dijon.

O diário acusa os torcedores de intransigentes e mesmo ingratos pelo comportamento contra o brasileiro. Dá para imaginar o Camp Nou vaiando Messi depois de três gols e dois passes decisivos? questiona o jornal, em referência ao ex-companheiro de Neymar no Barcelona.  Mas foi o que aconteceu com o atacante ontem em Paris. A torcida não ficou satisfeita em apenas gritar o nome de Cavani para cobrar o pênalti, parte das arquibancadas vaiou o brasileiro.

Visivelmente irritado pelas vaias de seu próprio público, a estrela brasileira foi direto ao vestiário após o apito final e deixou seus companheiros celebrarem o resultado histórico no gramado.

Aujourd’hui en France lembrou que em um jogo anterior, Neymar havia deixado Cavani cobrar um pênalti, mas ontem, contra o Dijon,  não quis abrir mão, o que levou os torcedores a vaiá-lo, apesar do “recital excepcional”. “Uma pena”, lamentou o jornal.   

 

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