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Tite destaca lado humano de Neymar e diz: "Tem visibilidade grande, muitas vezes vão invejar, falar mal"

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Responsável por comandar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018 na Rússia, o técnico Tite acompanha de perto e faz questão de sempre demonstrar apoio ao principal jogador de futebol do país, grande esperança na busca pelo hexacampeonato: Neymar.

Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite.
Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite. Lucas Figueiredo/CBF
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Tiago Leme, de Moscou para a RFI Brasil,

Um dia depois depois do sorteio dos grupos do Mundial, o treinador conversou com alguns jornalistas em Moscou e deu uma entrevista exclusiva para o "RFI Convida". Entre outros assuntos, Tite falou sobre o protagonismo do atacante do Paris Saint-Germain, destacou o lado humano do jogador e disse que a grande visibilidade causa inveja em algumas pessoas.

Nos últimos meses, depois que trocou o Barcelona pelo clube francês, Neymar foi protagonista de notícias polêmicas quase com a mesma intensidade que faz seus gols, dá assistências e dribles desconcertantes dentro de campo. Tite, no entanto, minimizou a preocupação com o lado psicológico do camisa 10.

"(O lado psicológico) Tem que ser trabalhado com um garoto de 25 anos, como nós um dia tivemos 25 anos. Não é sabedor de tudo, a vida está na frente, tem que saber administrar. Ele é um ídolo. Fora o lado humano que ele é, ele é notícia para todos, está no top 3 do mundo e tem uma visibilidade muito grande. Muitas pessoas vão amar, outras vão invejar. Muitas vezes vão invejar, muitas vezes vão falar mal, é da vida. Quando a gente chega em um momento de um pouco mais de visibilidade, é do cargo de técnico da seleção brasileira também, ele te cria muitos amigos verdadeiros, pessoas que se apaixonam. Mas ele cria muita inveja, muita discórdia também", afirmou o treinador.

Ao ser questionado se achou uma boa Neymar ter deixado uma potência como o Barcelona para ser a estrela de um novo projeto do PSG, Tite citou a importância de Neymar estar se sentindo bem com a sua decisão e também com sua vida pessoal.

"Que ele seja feliz, eu sempre coloquei desta forma, e não só em relação ao Neymar, mas com outros tantos que modificaram. Normalmente são atletas de alto nível que trocam também para clubes de alto nível, com comissões técnicas de alto nível. Partindo deste pressuposto, tem que associar ao lado humano.  Porque se você conciliar o lado humano e o lado profissional de alto nível, a condição de crescer, de evoluir é muito grande. É com o Neymar e é com os outros também", explicou.

Seleção não está fechada para Copa

E se Neymar e vários outros nomes já têm vaga garantida entre os 23 convocados para a Copa, alguns atletas ainda sonham em entrar na lista final da seleção. Tite assegurou que ainda há espaço para oportunidades mesmo para jogadores que ainda não foram chamados até agora, mas que estão tendo ótimo desempenho por suas equipes. São os casos, por exemplo, de Luan, do Grêmio, Jô, do Corinthians, e Hernanes, do São Paulo.

"Estão botando pressão no técnico, há espaço, sim. Na medida que cada vez mais eles joguem em alto nível, mais pressão fica em cima do meu trabalho. Mas que bom, porque a gente vai ter atletas de alto nível postulando um posto. São 23, mas eles também concorrem entre eles. Eu digo que técnico de alto nível respeita técnico de alto nível, repórter respeita repórter de alto nível, atleta respeita atleta de alto nível. Quando fecha o apartamento e a gente emite os nossos comentários, a gente respeita quem é bom, e atleta de alto nível também respeita quem é bom", disse o técnico brasileiro.

O sorteio da última sexta-feira em Moscou colocou o Brasil no Grupo E do Mundial, junto com Suíça, Costa Rica e Sérvia. Tite analisou de forma positiva os adversários e apontou que a Seleção não terá facilidade em nenhum dos três jogos para avançar à segunda fase na Rússia.

"A distribuição técnica dos grupos ficou equilibrada, com algumas características específicas. Em alguns grupos, os dois classificados já ficam bem evidentes, pelo desnível técnico de duas e duas equipes na formatação de quatro. E alguns mais equilibrados, como o grupo do Brasil, onde ele é o favorito da sua chave pelo futebol que vem desempenhando, e as outras equipes são todas elas de qualidade, que vão exigir bastante da nossa equipe, uma performance alta para poder classificar", afirmou.

Na entrevista, Tite também falou sobre os times que ele considera favoritos na Copa junto com o Brasil, fez uma análise do seu trabalho, explicou que aproveitou alguns elementos dos antecessores Luiz Felipe Scolari e Dunga e já faz planos de uma possível comemoração no caso da conquista do hexa do ano que vem: "Uma caipirinha vai ser muito pouco".

Veja abaixo o vídeo da entrevista.

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