Rixa entre Neymar e Cavani quase terminou em agressão física
Na resenha da imprensa francesa desta terça-feira (19), os bastidores da briga entre os atacantes do PSG: o brasileiro Neymar e o uruguaio Cavani. O choque é a manchete de capa do L'Équipe. O jornal revela que o atrito visto por milhares de torcedores durante o jogo entre o Paris Saint-Germain e o Lyon, no último domingo (17), no estádio Parc des Princes, continuou no vestiário e quase terminou em agressão física.
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Edison Cavani deixou o gramado logo após o apito final e a vitória por 2 a 0 sem agradecer os torcedores. No vestiário, ele pediu explicações a Neymar sobre a insistência do brasileiro em cobrar o pênalti. A cobrança foi finalmente feita por Cavani, mas defendida pelo goleiro. Houve bate-boca. O capitão Thiago Silva e Marquinhos tiveram que intervir para evitar a briga.
Além do pênalti, a rivalidade entre as duas vedetes latino-americanas do clube também ficou evidente na cobrança de uma falta no início do segundo tempo da partida contra o Lyon. Cavani queria cobrar, mas Daniel Alves pegou a bola primeiro e a ofereceu ao amigo Neymar.
Clã brasileiro
Em entrevista a uma rádio do Uruguai na segunda-feira (18), Cavani desconversou e afirmou que não tem nenhum problema com Neymar. Mas o veterano do PSG estaria incomodado com o comportamento dos amigos Daniel Alves e Neymar contratados recentemente. Para ele, os dois ex-jogadores do Barcelona tentam se impor como os novos chefes do PSG. Muita gente no clube teme a formação de um clã brasileiro, ressalta L'Équipe.
O conservador Le Figaro está preocupado com a possibilidade do confronto entre os dois atacantes se eternizar e trazer sérias consequências para o PSG. Mas um ex-técnico do clube, Alain Giresse, entrevistado pelo jornal, avalia que o jovem e talentoso Neymar vai acabar por se integrar completamente à equipe e os problemas serão superados.
Aujourd'hui en France lembra que o conflito de egos entre os dois atacantes começou desde o início da temporada e a chegada de Neymar. A solução para essa disputa tem que ser encontrada rapidamente. O brasileiro Sony Anderson, ex-jogador do Lyon e do Mônaco, aconselha nas páginas do diário ao técnico do PSG decidir quem vai cobrar os pênaltis, se os jogadores continuarem a se desentender em campo.
O técnico Unai Emery tenta minimizar essa rivalidade. Ele informa que deixa os jogadores decidirem em campo quem vai cobrar as faltas e pênaltis, mas diz que se isso virar um problema irá intervir. Tarde demais para a disputa entre os atacantes se resolver tão facilmente acredita L'Équipe.
Briga pelo bônus
A primazia em cobrar um pênalti não é apenas uma questão de antiguidade no clube ou de uma guerra de egos entre o jogador mais caro do mundo e Cavani, autor de 49 gols pelo PSG na temporada passada. É também uma questão financeira. O atacante que mais marca gols, ou o melhor artilheiro da temporada, recebe um prêmio milionário, além de ficar em boa posição na disputa pelo troféu Bola de Ouro, lembra a imprensa francesa em peso.
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