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Esporte em foco

Nadadora brasileira Ana Marcela é tricampeã mundial em Budapeste

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Acontece neste momento em Budapeste, Hungria, o 17° Mundial de Natação. Apesar de ter enfrentado uma grave crise no primeiro semestre deste ano, a Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA) conseguiu levar ao evento uma delegação importante. Cerca de 70 atletas, divididos em várias modalidades da competição, estão na Hungria. O campeonato começou na quinta-feira (13) e termina no domingo (30). No final da primeira semana da competição, o Brasil tem três medalhas, todas conquistadas por Ana Marcela Cunha, que é agora tricampeã do mundo nos 25 km em águas abertas, um feito inédito.

A nadadora brasileira Ana Marcela Cunha conquistou a medalha de ouro nos 25 km no MUndial de Budapeste, na sexta-feira 21 de julho de 2017.
A nadadora brasileira Ana Marcela Cunha conquistou a medalha de ouro nos 25 km no MUndial de Budapeste, na sexta-feira 21 de julho de 2017. CBDA/Divulgação
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A nadadora baiana, de 25 anos, levou a medalha de ouro na maratona aquática de 25 km na sexta-feira (21), conservando o título de campeã do mundo que havia obtido em Kazan, em 2015, e em Xangai em 2011. Antes, Ana Marcela Cunha já havia subido ao pódio duas vezes na Hungria. Ela conquistou a medalha de bronze nos 10km e nos 5km em águas abertas.

A brasileira bateu na Hungria seu próprio recorde alcançando a marca de nove medalhas em Campeonatos Mundiais. Nenhuma outra atleta, de nenhuma modalidade no Brasil, tem tantos títulos. O mundial de Budapeste também é a volta por cima da atleta que decepcionou nas Olimpíadas do Rio e no final do ano passado passou por uma cirurgia para a retirada do baço.

Em entrevista à RFI, Ana Marcela diz que o resultado desse mundial mostra que "ela está de volta e a cirurgia" faz parte do passado. As medalhas em Budapeste também são a continuação de sua história. A nadadora lembra que ela "já era uma das maiores medalhistas no Brasil em campeonatos mundiais, na categoria feminina, e que continua estabelecendo novos recordes."

Balanço positivo

Ricardo Prado, coordenador-geral da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA), que está na Hungria, acompanhando os atletas brasileiros, faz um balanço positivo da primeira semana do Mundial de Budapeste. Antes de mais nada, a delegação de 70 atletas, em diversas modalidades: salto ornamental, nado sincronizado, maratonas aquáticas, polo e natação, já é uma façanha.

A crise na CBDA, com a prisão do presidente Coaracy Nunes, em abril, por desvio de verbas, uma intervenção e perda de patrocinadores, complicou a participação do Brasil no campeonato. “Acho que a situação está superada. Uma nova eleição aconteceu uma nova administração entrou, com um novo presidente (Miguel Cognoni, eleito em junho), novas ideias. (…) Quem sabe com ótimos resultados em Budapeste a gente abra porta para mais patrocínios, mais empresas querendo associar o nome delas aos esportes aquáticos que sempre foram um orgulho para o pais?, espera Ricardo Prado

A maior expectativa de medalhas está nas provas de natação, que começam neste domingo (23). Foram convocados 16 nadadores, entre eles o campeão César Cielo. “O Brasil, tradicionalmente, sempre tem duas ou 3 medalhas na natação. A gente vem com um grupo muito bom, que treinou tranquilo sem pressão, como foi no ano passado de disputar a Olimpíada em casa. Eles têm condição de brigar de igual para igual com outros atletas. Vão surgir medalhas interessantes!”, acredita o coordenador-geral da CBDA. Para ele, a melhor chance esta no revezamento 4x100m livres. “Torçam para o Brasil”, pede Ricardo Prado.

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