Acessar o conteúdo principal
Judô/Paris

Judô: Rafael Silva conquista bronze no Grand Slam de Paris

Na última chance, a única medalha do Brasil no Grand Slam de Judô de Paris. Rafael Silva, o “Baby”, venceu neste domingo (12) seu duelo contra o bósnio Harun Sadikovic pela medalha de bronze e garantiu ao menos um pódio brasileiro no torneio francês. 

Rafael Silva, o "Baby", com a medalha de bronze conquistada no Grand Slam de Paris.
Rafael Silva, o "Baby", com a medalha de bronze conquistada no Grand Slam de Paris. Foto: RFI Brasil
Publicidade

Apesar da forte presença com 15 judocas, incluindo duas campeãs olímpicas, e um histórico de várias medalhas nos últimos anos, a seleção brasileira deixa o Grand Slam de Paris com um desempenho frustrante.

Rafael Silva fez uma boa participação em Paris e por pouco não foi à final da categoria peso pesado (+100 kg). Ele foi derrotado na semi pelo japonês Takeshi Ojitani por causa de três punições, uma decisão “controversa”, segundo ele, devido às novas mudanàas em vigor na modalidade.  “A saída de área ficou complicada para a arbitragem. Uma vez eles favorecem, outras não. O importante é que foquei na disputa pelo terceiro lugar”, afirmou.

Restou a disputa do bronze contra o bósnio Harun Sadikovic. No final da luta, aplicou um golpe que liquidou o adversário e garantiu a única medalha brasileira na competição. “Começar a temporada com medalha é importante. O objetivo principal este ano é o Campeonato Mundial e estou galgando os pontos importantes para o ranking de classificação e tentar fazer um bom Mundial este ano”, afirmou. “Mais uma vez, é importante estar entre os melhores do mundo”, acrescentou.

Adaptação às novas regras do judô

Além dos pontos necessários para garantir vaga no Mundial, Rafael Silva disse também que é preciso treinar bastante para se adaptar às novas regras do judô. A mudança mais importante, na sua avaliação, foi a diminuição de cinco para quatro minutos o tempo da luta masculina.

“A questão do tempo foi a principal mudança. A luta ficou mais rápida e mais dinâmica. Precisamos adaptar os treinamentos para isso. Vínhamos adaptando o treinamento, mas agora, quando você sente na pele, em uma competição, faz bastante diferença. A gente vai precisar deixar o treino mais dinâmico para esse tipo de luta”.

Sobre o desempenho coletivo da equipe em Paris, "Baby" lamentou: “A gente tinha qualidade para conquistar mais medalhas, mas, ao mesmo tempo, o torneio de Paris é uma competição fortíssima. Os melhores atletas do mundo estavam aqui, parecia chave de Olimpíada”, observou.

Depois das duas tentativas fracassadas de subir ao pódio no sábado, com as derrotas de Sarah Menezes e Rafaela Silva na disputa do bronze, a equipe tinha outras duas oportunidades de disputa de medalhas. Antes de “Baby”, o Brasil teve sua primeira tentativa de bronze neste domingo com Eduardo Yudi Santos.

Estreante no tatame parisiense, e novato na seleção, ele teve um percurso honroso na categoria ligeiro, até 66 kg. O brasileiro nascido no Japão, onde viveu até os 19 anos, chegou à semifinal depois de ter vencido três lutas, antes de encarar e perder para o holandês Frank de Wit.  Com a derrota por ippon, ele foi para a disputa do bronze com o francês Pierre Baptiste. No decorrer do combate, levou um contragolpe fatal que o deixou fora do pódio.

“Estive bem na competição inteira, mas no final deu errado. Eu senti que estava bem na luta, mas ele aproveitou o meu erro e finalizou”, lamentou Eduardo, após a perda do bronze.

Nem tudo foi decepção na sua primeira participação em Grand Slam para o jovem de 22 anos. “Na minha primeira luta, já peguei um cara forte e consegui mostrar o meu judô. Na próxima vou conseguir subir no pódio, que é meu objetivo. Tenho uma boa estratégia com as novas regras do judô e devo conseguir um bom resultado daqui para frente”, destacou.

Eduardo Yudi Santos disputou o bronze mas foi derrotado por um francês.
Eduardo Yudi Santos disputou o bronze mas foi derrotado por um francês. Foto: RFI Brasil

Maioria dos judocas não disputou medalhas

Na mesma categoria de Rafael Silva, o Brasil tradicionalmente conquista medalhas. Em 2014 e 2015, David Moura conquistou a prata e no ano passado levou o bronze. Desta vez a experiência não contou. Moura foi eliminado logo na primeira luta ao ser derrotado por um judoca da Mongólia.

Já Vitor Penalber foi eliminado na categoria peso médio pelo francês Pape Doudou Indiaye, depois de ter vencido o primeiro combate com o tcheco pelo Jaromi Jezek. Na categoria até 100kg, Luciano Correa caiu diante do georgiano Lasha Taveluri e Rafael Buzacarani, depois de ter passdo pelo romeno Valentin Radu, parou no japonês IIda Kentaro.

No feminino, nenhuma judoca chegou à disputa de medalhas. Maria Portela, na categoria -70 kg, não passou da primeira luta contra a japonesa, Saki Nizoe e Maria Suelen Altheman, da categoria + 78 kg foi derrotada também na primeira luta para a francesa Eva Bisseni.

 

 

 

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.