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Esporte em foco

Nice está longe de se comparar ao PSG, diz zagueiro Dante

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O Paris Saint-Germain é a grande referência do futebol francês: é clube mais rico, com as maiores estrelas, mas já não é mais tão favorito para manter seu trono. Desde o início desta temporada, um adversário ofusca o brilho do atual tetracampeão francês: o Nice, clube do sul da França.

O zagueiro Dante (à esq.), durante jogo do Nice contra o FC Schalke 04, da Alemanha.
O zagueiro Dante (à esq.), durante jogo do Nice contra o FC Schalke 04, da Alemanha. REUTERS/Wolfgang Rattay
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Até a 17ª rodada, a equipe liderava a isolada a competição, com 40 pontos, seguida do Mônaco, em segundo, e o PSG, em terceiro. O time parisiense voltou a dar um vexame ao perder neste sábado, por 2 a 1 para o Guingamp.
Parte do sucesso do Nice é atribuída ao estilo de jogo implantado pelo treinador Lucien Favre.

O suíço montou um time competitivo, misturando o talento da nova geração de jogadores com nomes já consagrados no futebol, como o brasileiro Dante, com quem trabalhou dez anos atrás no Lille, clube do norte da França. O reencontro com Favre e a volta ao futebol francês foram alguns dos motivos que levaram Dante a trocar o Wolfsburg, da Alemanha, e apostar no Nice.

"Primeiramente, achava que era o momento de sair da Alemanha; meu tempo lá já tinha passado. Segundo, tive a oportunidade de voltar a trabalhar com o meu treinador, que gosta de ter a posse de bola. Terceiro, um time jovem, que acabou em quarto lugar e ia jogar a Liga Europa. Depois, eu domino a língua francesa mais que a língua alemã e quinto, a cidade tem uma qualidade de vida excepcional, e eu queria propor isso a minha família”, admitiu na entrevista à RFI Brasil.

Veterano, 33 anos, o zagueiro Dante sabe que foi contratado para trazer a experiência dos gramados europeus. Só na Alemanha foram nove temporadas, principalmente com o Bayern de Munique. No Nice, ele já assumiu completamente suas responsabilidades de capitão como queriam os dirigentes.“Eles me passaram uma grande responsabilidade, não só dentro de campo, mas fora também. Essa responsabilidade também me atraiu. Estou contente de poder ajudar os outros jogadores a progredir pouco a pouco”, afirmou.

Ser campeão do francês não é objetivo imediato

Líder da zaga menos vazada do francês, com apenas uma derrota e 12 gols em 17 jogos, Dante destaca o grande trunfo da equipe: “A força dessa equipe é o coletivo, e a vontade de jogar. Isso faz a força. Cabe a nó continuar trabalhando forte”.

No entanto, o capitão acha que o Nice está longe de se considerar o favorito para tirar o título do sempre favorito PSG e descarta o objetivo de ser campeão com a equipe já nesta temporada. “O objetivo é ganhar o máximo de jogos possível. Ser campeão francês não está entre os objetivos imediatos do clube. O importante é jogar jogo a jogo, com tranquilidade, querendo progredir. Em abril ou maio, vamos ver onde estaremos”, insiste.

Apesar da liderança da tabela, Dante não considera o time no mesmo nível do atual campeão francês, com quem o Nice empatou em 2 a 2 no estádio do adversário. “O Paris Saint-Germain é um grande time, com jogadores de nível internacional. Sentimos isso quanto eles impuseram um ritmo maior. O Mônaco também. Cada jogo, eles ganham de quatro, cinco a zero. Não nos podemos comparar a esses times. Nem mesmo com o Lyon, que tem um elenco mais forte que o nosso”, relativiza.

Lateral brasileiro sonha jogar Liga dos Campeões com o Nice

O baiano Dante não é o único brasileiro da equipe. Ele atua ao lado do lateral esquerdo Dalbert Henrique, que veio ao Nice transferido do Vitória de Guimarães. Depois de uma temporada de três anos e meio no futebol português, o carioca de 23 anos, foi seduzido pelo futebol francês, onde já se sente adaptado ao clube.

“Aqui o futebol tem mais contato, mas estou me sentindo bem, a cidade me agrada e o clube oferece tudo para os jogadores. Não falta nada. Somos uma equipe jovem, mas somos tratados como profissionais no dia a dia. Sabemos das nossas qualidades, coletivas e individuais. Podemos ir longe no campeonato e esperamos colher os frutos no final”, afirma

“O Nice tem o objetivo de ficar entre os melhores do campeonato. Ficar na liderança da tabela. Os jogadores também têm objetivos individuais. Eu, pessoalmente, quero ser campeão. Quero fazer história e ter pelo menos um título na minha carreira. Estou buscando isso e, se Deus quiser, vai dar tudo certo”.

O lateral esquerdo Dalbert Henrique, atuando pelo Nice.
O lateral esquerdo Dalbert Henrique, atuando pelo Nice. REUTERS/Robert Pratta

O lateral não esconde que um de seus sonhos que podem ser realizados com o Nice seria conquistar uma vaga na maior competição interclubes da Europa. “Todo jogador sonha em disputar a Champions League. É uma vitrine. Eu tenho esse sonho de jogar e acho que vai ser gratificante”.

Apesar de gostar da cidade balneária do sul da França, o brasileiro confessa que procura não sair de casa para evitar situações de risco. Ele estava na pré-temporada no Nice quando a cidade foi alvo de um ataque, no dia 14 de julho. “Procuro evitar lugares onde há muita gente porque é complicado, não me sinto muito em segurança. Minha família também tem medo. Procuro evitar isso”, confessa.

 

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