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Linha Direta

Jogos Paralímpicos do Rio começam com delegação brasileira histórica

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Dezessete dias depois do fim das Olimpíadas, o Rio de Janeiro volta a ser o foco do mundo esportivo nesta quarta-feira (7), com o início esta noite dos Jogos Paralímpicos. A cerimônia de abertura será no Maracanã, com a presença de milhares de atletas que já chegaram para a festa e as competições.

A chama olímpica termina hoje o percurso iniciado no dia 1° de setembro.
A chama olímpica termina hoje o percurso iniciado no dia 1° de setembro. REUTERS/Pilar Olivares
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Enviado especial da RFI ao Rio

A tocha olímpica termina nesta quarta-feira o percurso iniciado no dia 1° de setembro em Brasília, depois de passar por Belém, Natal, São Paulo e Joinville, antes de chegar ao palco da festa. Desde ontem, ela circula pelas ruas do Rio de Janeiro, já tendo passado pela Praça Mauá, no centro, Lapa e zona norte da cidade.

Hoje, a chama começa sua última etapa pelo Recreio dos Bandeirantes, segue pelos principais bairros da zona sul até Copacabana. O feriado de Sete de Setembro facilita o deslocamento do comboio nas ruas até a chegada no Maracanã, onde o mundo verá o momento tão aguardado que é o acendimento da pira.

Sobram ingressos à venda

Na véspera da cerimônia de abertura, cerca de mil ingressos ainda estavam disponíveis. Essa quantidade pode ser maior porque os 6% dos ingressos que por lei são destinados a deficientes físicos também estavam à procura de compradores. No total, 45 mil ingressos foram colocados à venda. Os mais baratos, que custam R$ 100,00, foram os primeiros a se esgotarem.

Os organizadores da Rio 2016 rebateram boatos veiculados principalmente na imprensa internacional de que a festa Paralímpica teria tirado recursos das Olimpíadas.

Cerimônia de abertura promete surpreender

Os produtores executivos garantem que o espetáculo de abertura será tão surpreendente quanto o das Olimpíadas e que não houve contenção de gastos. Tudo teria sido feito dentro do planejado. O lema será “O coração não tem limites” e deve abordar questões relacionadas ao movimento paralímpico e não à história do Brasil e elementos da cultura brasileira, explorados na elogiada cerimônia de abertura das Olimpíadas.

Um dos responsáveis pela criação é o artista plástico Vik Muniz. Ele contou com a colaboração do escritor Marcelo Rubens Paiva. Deficientes visuais deram opiniões para a elaboração do espetáculo. Muitos detalhes são mantidos em segredo para não estragar a surpresa, mas já se sabe que o início será eletrizante, com o atleta paraolímpico Aaron Wheelz descendo uma mega rampa ao lado do skatista brasileiro Bob Burnquist.

O maestro João Carlos Martins, de 76 anos, tocará no piano o hino nacional brasileiro. Um dos momentos mais marcantes será a apresentação da americana Amy Purdy, de 35 anos. Medalha de bronze do snowboard nos Jogos de Sochi, em 2014, Amy, já é chamada de “Gisele Bundchen” da cerimônia das Paralimpíadas. Ela vai dançar uma coreografia de quatro a cinco minutos ao som da música “Borandá”, de Sérgio Mendes.

Time paralímpico brasileiro busca ficar entre os cinco melhores

A edição 2016 terá a participação de cerca de 4.350 atletas, representando 178 países e competindo nas primeiras Paralimpíadas realizadas na América do Sul. Eles disputam medalhas em 23 esportes, como futebol de 5, de 7, basquete em cadeiras de rodas, goalball, natação e atletismo, entre outras modalidades.

O time paralímpico do Brasil será representado pela maior delegação da história, com um total de 279 atletas. O Comitê Paralímpico Brasileiro fixou como meta ficar entre as cinco maiores potências mundiais. Para isso, terá que superar o desempenho de Londres, em 2012, quando conquistou 43 medalhas (21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze) e ficou em sétimo lugar na classificação geral.

O Brasil tem boas chances de atingir seus objetivos e conta principalmente com o atletismo para subir ao pódio. Além dos consagrados e experientes Terezinha Guilhermina e Lucas Prado, o país conta com novos destaques, como Yohansson do Nascimento. O desempenho do atletismo vai ser determinante para o quadro final de medalhas.

A natação também costuma render momentos de emoção. Muita gente vai querer ver de perto Daniel Dias, maior medalhista brasileiro com 15 prêmios no total. Ele se preparou ativamente para não decepcionar em casa. Clodoaldo Brasil e André Silva são outros nomes fortes nessa categoria. Outras modalidades nas quais o Brasil pode oferecer um belo espetáculo esportivo são o futebol de 5, com uma equipe tricampeã, o goalball para deficientes visuais e também o judô.

Saberemos se o Brasil se firmará mesmo como potência paraolímpica no dia 18 de setembro, a data de encerramento dos Jogos.

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