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Rio 2016

Marta elogia estreia da seleção: "fantástico jogar em casa"

As jogadoras da seleção feminina de futebol do Brasil saíram muito satisfeitas com a vitória de 3 a 0 contra a China e com o desempenho coletivo no jogo de estreia nas Olimpíadas. Comandada pela experiente capitã Marta, a equipe começou com o pé direito a busca pelo inédito ouro olímpico.

Marta foi um dos destaques da estreia vitoriosa do Brasil nos Jogos do Rio.
Marta foi um dos destaques da estreia vitoriosa do Brasil nos Jogos do Rio. REUTERS/Leonhard Foeger
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Enviado especial ao Rio de Janeiro,

Grande estrela do futebol feminino brasileiro, Marta revelou estar “calejada” e pela primeira vez não ter sentido o peso na estreia da seleção nos Jogos. Ela destacou sobretudo o comprometimento e o entrosamento da equipe, e diz não ter ficado surpresa com o resultado elástico.

“A gente sabia que a China é compacta atrás, tenta sair nos contra-ataques e tem bons passes. A gente estudou muito a equipe. Nós fomos construindo nossa vitória no decorrer da partida. O gol ainda no primeiro tempo deu tranquilidade”, avaliou a número 10. “No segundo tempo a gente sabia que elas viriam para o ataque. Fomos criando as oportunidades e fizemos os gols”, completou.

Autora do segundo gol da seleção, que a fez disparar na artilharia do Brasil em Jogos Olímpicos com 13 gols, a atacante Cristiane confessou que não esperava uma vitória tão confortável. “A gente jogou e se comportou bem. Tivemos uma outra impressão da China. Era uma seleção que apresentava mais agressividade, muito mais toque de bola e a gente acabou aproveitando os espaços que elas deram para poder infiltrar e marcar os gols”, disse.

“A gente jogou melhor hoje, eles deram ‘mole’ e aproveitamos. Surpreendeu porque nós estudamos e elas se apresentavam de outra forma, com muito mais agressividade do que foi hoje”, acrescentou. A estreia com gols e a ampliação de sua marca nos Jogos foi relativizada: “Foi muito bacana e importante para mim também para começar bem na competição. Eu não fico entrando em campo contando os gols para pensar nessa marca, não. Eu entro para ajudar a equipe para sair com a vitória. Isso é consequência”.

“A estreia sempre é o mais complicado. Mas a gente conseguiu uma vitória importante”, afirmou Thaisa no final do jogo.

A emoção de jogar em casa

O público que foi ao estádio Engenhão nesta quarta-feira e coloriu parte das arquibancadas de verde-amarelo pôde vibrar com a seleção e proporcionar, por outro lado, uma emoção particular para as jogadoras brasileiras, que normalmente atuam fora do país.

O fato de "jogar em casa" deu uma sensação “boa” para a artilheira da seleção, Cristiane. “Deu um frio na barriga, uma sensação boa de ver que famílias saíram de casa para ver o futebol feminino”, destacou.

“Foi fantástico, sem dúvida é uma motivação a mais. Como se diz, foi o décimo segundo jogador. Teve um momento em que a China começou a crescer no campo, e a torcida apareceu e começou a gritar. Deu uma energia muito grande”, disse Marta, que saiu ovacionada de campo no segundo tempo. “É ótimo jogar no Brasil, a gente sonha jogar assim em uma Liga Nacional, mas aos poucos a gente vai buscando nossos objetivos”, afirmou.

Marta disputa bola com a jogadora chinesa Wang Shuang durante estreia do Brasil nos Jogos do Rio.
Marta disputa bola com a jogadora chinesa Wang Shuang durante estreia do Brasil nos Jogos do Rio. REUTERS/Leonhard Foeger

Jogadora do futebol sueco, Marta diz que sua experiência no país não vai fazer tanta diferença na hora da seleção brasileira enfrentar a Suécia, a próxima adversária, no sábado. “Não é a questão da experiência. A gente está dividindo a responsabilidade muito bem entre todas. É lógico que alguma coisa vou passar, mas em campo é 11 contra 11 e não dá para fazer tudo sozinha”.

Pentacampeã do troféu Bola de Ouro da Fifa de melhor jogadora do mundo, a "Rainha Marta" voltou a abafar rapidamente qualquer tentativa de comparação com o grande ídolo do futebol masculino: “Marta é Marta, Neymar é Neymar”.
 

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