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Jogos Olímpicos

Rússia promete reagir após suspensão de atletas dos Jogos Olímpicos do Rio

A Federação Internacional de Atletismo manteve a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais, inclusive os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O ministro russo do Esporte avisou que pretende reagir à medida, anunciada nesta sexta-feira (17). A entidade informou que poderá abrir algumas exceções.

Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF na sigla em inglês), confirmou a suspensão da delegação russa da modalidade.
Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF na sigla em inglês), confirmou a suspensão da delegação russa da modalidade. REUTERS/Leonhard Foeger
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"O resultado da votação dos membros do Conselho da (IAAF na sigla em inglês) criou uma situação sem precedentes: a Rússia não poderá participar das competições de atletismo dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio", informou o ministro russo dos Esportes, Vitali Mutko, em um comunicado. O representante de Moscou disse que ficou "muito decepcionado" com a decisão.

A suspensão da delegação russa de atletismo já havia sido decretada em novembro, após um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) denunciar um esquema de "doping organizado" no país, envolvendo os mais altos escalões do Estado. Mas a decisão definitiva era aguardada esta semana.

"Era uma decisão esperada, mas vamos reagir", avisou Mutko à agência oficial do notícias TASS, antes de divulgar o comunicado oficial. Um pouco cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, se pronunciou sobre o assunto durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. O chefe de Estado disse que "não é possível haver responsabilidade coletiva para todos os atletas. Uma equipe inteira não pode assumir toda a responsabilidade por violações cometidas por apenas uma pessoa".

Atletas também pretendem recorrer

Principal estrela do atletismo russo, a bicampeã olímpica de salto com vara Yelena Insinbayeva avisou que pretende entrar na justiça para reverter a decisão. "É uma violação dos direitos humanos. Não posso ficar calada, vou tomar medidas. Pretendo buscar uma corte de direitos humanos", afirmou a grande rival da brasileira Fabiana Murer à agência TASS, sem citar um tribunal específico.

Mas a Federação Internacional de Atletismo deixou a porta aberta para algumas exceções à suspensão.  "Se atletas podem, a título individual, provar de forma clara e convincente que não foram manchados pelo sistema russo porque estavam fora do país e foram sujeitos a regras antidoping mais severas, haverá a possibilidade de solicitar a permissão de disputar competições internacionais, não pela Rússia, mas como atletas neutros", explicou o presidente da IAAF, Sebastian Coe.

Além disso, ainda segundo a federeção internacional, "qualquer atleta que tenha contribuído de forma importante contra o doping deveria ter o direito de pedir uma autorização para participar das Olimpíadas". Esse é o caso de Yulia Stepanova, que ajudou a revelar o escândalo em 2014.

Caberá ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que se reunirá no dia 21 de junho, em Lausanne, estabelecer as condições da participação, que pode acontecer sob a bandeira olímpica, por exemplo, como a delegação de refugiados criada especialmente para os Jogos do Rio. Mas Coe deixou claro que a decisão final será dele. "A IAAF decide quem pode competir ou não no Rio", sentenciou.

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