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Saúde/Esportes

Atletas de alto nível podem ganhar sete anos de vida, diz estudo

Os atletas de alto nível têm uma expectativa de vida muito superior a do restante da população, segundo um estudo francês divulgado nesta terça-feira (19). De acordo com a pesquisa, os esportistas poderiam viver, em média, sete anos a mais que o restante da população.

Estudo afirma que dsportistas de alto nível apresentam risco menor de problemas cardiovasculares e câncer
Estudo afirma que dsportistas de alto nível apresentam risco menor de problemas cardiovasculares e câncer REUTERS/Pilar Olivares
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O estudo coordenado pela cientista Juliana Antero-Jacquemin, do Insep (Instituto Nacional do Esporte), foi apresentado durante um colóquio sobre esporte e saúde organizado em Paris. A pesquisadora analisou 2.814 atletas franceses que disputaram os Jogos Olímpicos entre 1912 e 2012.

Segundo ela, dos sete anos de vida adicionais, quase dois anos são conquistados pelo menor risco de sofrer doenças cardiovasculares, como infartos ou derrames cerebrais. Outros dois anos equivalem à diminuição do risco de câncer e os três restantes se devem "à diminuição do risco vinculado a outras causas", como acidentes.

O estudo ratifica as conclusões de outros trabalhos científicos, que também demonstrado os benefícios de atividades esportivas na longevidade. A autora da pesquisas já havia publicado em relatório em 2015 no qual constatava uma taxa de mortalidade 50% inferior entre esportivos franceses que participaram dos Jogos Olímpicos entre 1948 e 2010, se comparados com o restante da população na mesma época.

Alguns esportes mais adequados para quem busca longevidade

No entanto, a comunidade científica ainda diverge sobre até que ponto a intensidade de atividade física seria realmente benéfica para aumentar a esperança de vida. “O impacto sanitário da prática intensa continua sendo debatido, principalmente do ponto de vista cardiovascular”, explica Juliana Antero-Jacquemin, lembrando que mesmo se a qualidade de vida dos esportistas pode ser excelente, o uso cada vez mais frequentes de produtos anabolizantes tem efeitos “particularmente nefastos”.

Além disso, a pesquisadora ressalta que nem todas as modalidades têm a mesma eficácia. Se a prática de disciplinas que combinam várias atividades físicas, como os esportes coletivos ou o decatlo proporcionam efeitos benéficos mais importantes, atividades como corridas de longa distância ou a ciclismo em estradas representam menos benefícios para a redução de riscos cardiovasculares.

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