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Esporte em foco

Zika vírus não vai atrapalhar ida de turistas às Olimpíadas, diz ministro do Turismo

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A epidemia de zika vírus que atinge o país e outros problemas de saúde pública como a dengue não irão afastar os turistas que desejam ir às Olimpíadas no Rio de Janeiro, de acordo com a opinião do ministro brasileiro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN). 

REUTERS/Ricardo Moraes
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De passagem por Portugal e França para promover o Brasil como destino turístico, o ministro reconheceu, no entanto, que o governo deve fazer mais propaganda nos próximos meses para tranquilizar os visitantes e mostrar que não há riscos de ver de perto os Jogos.

“O zika não é uma questão relacionada às Olimpíadas. É uma questão de saúde pública que nós temos o dever de tratar com responsabilidade em relação aos brasileiros e também dos turistas que, independentemente das Olimpíadas, irão ao Brasil”, afirmou.

“O Brasil tem feito seu dever de casa, procurando conscientizar a sociedade brasileira que tem que ser parceira nisto, dentro de casa, nas ruas, no seu bairros. Agentes públicos percorrem entidades e associações para demonstrar o que devem fazer preventivamente, nas mídias também”, disse Alves.

Segundo o ministério do Turismo, a visita da secretária-geral da OMS no Brasil, Margareth Chan, contribuiu para passar ao mundo uma imagem positiva do país no sentido de que medidas estão sendo adotadas para combater o mosquito transmissor das doenças.

“A presença da secretária-geral da OMS foi sintomática. Ela foi lá ver e saiu satisfeita com o desempenho do governo brasileiro e do país como um todo no combate ao mosquito Aedes Aegypti”, garantiu. 

O Ministério do Turismo insiste também em seu discurso para tranquilizar os turistas de que o período de realização dos Jogos Olímpicos é desfavorável para a proliferação dos mosquitos. “Em relação às Olimpíadas, o problema vai ser minorado porque será no período de inverno quando a incidência do mosquito é muito menor tradicionalmente. Então tem tudo para as Olimpíadas acontecerem de maneira emocionante no país”, acrescentou.

Apesar da ajuda do calendário, o ministro do Turismo percebeu durante sua visita a Lisboa e Paris, onde se encontrou com o secretário de Estado dos Esportes, de que será preciso intensificar uma campanha de comunicação externa. “Nós temos que informar mais e melhor, com divulgação, informação e contra-informação. Temos que esclarecer com dados que muitas vezes não correspondem à realidade, são distorcidos, de má-fé até”, afirmou.

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, na embaixada do Brasil, após coletiva de imprensa.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, na embaixada do Brasil, após coletiva de imprensa. Foto: Elcio Ramalho

Para isso, o governo avalia, a partir de março, promover uma campanha de divulgação das belezas naturais do país, para desviar a atenção das crises e dos problemas de saúde. “Temos que mostrar que o Brasil é maior que isso”, comentou.

Apesar da disposição, o Ministério do Turismo sabe que vai esbarrar na questão de recursos, uma vez que a crise econômica não deixa muitas margens de manobra no orçamento. Até o momento, Henrique Alves não sabe de onde tirar dinheiro para uma eventual campanha.

“Esse vai ser o problema, nesse momento de crise, de redução de despesas. Mas o que temos que mostrar é que se trata de um investimento, que vai deixar como legado o turismo brasileiro para crescer e alavancar”, afirmou.

Vídeo denegrindo a imagem do Rio

O ministro do Turismo também comentou a divulgação de um vídeo de animação produzido em Taiwan e divulgado pelas redes sociais mostrando turistas e atletas vomitando e sofrendo com problemas de saúde devido as condições sanitárias do Rio de Janeiro.

“Foi um ato irresponsável e o governo brasileiro respondeu imediatamente mostrando toda sua indignação com esse vídeo. O Brasil tem procurado mostrar o que tem feito e as pessoas de boa fé têm reconhecido isso. O Brasil tem apelado ao bom senso e à responsabilidade das pessoas”, avaliou.

Para estimular a chegada de turistas ao Brasil para as Olimpíadas, o governo brasileiro decidiu isentar de vistos estrangeiros de muitos países por um prazo de 90 dias, incluindo o período dos Jogos. Essa facilidade, segundo Henrique Alves, irá atrair um número muito maior do que os 400 mil turistas previstos inicialmente para visitar o país. “Com a isenção de vistos para os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá e o Japão, podemos chegar aos 600 mil, se Deus quiser”, aposta.

 

 

 

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